EXCLUSIVO: Falta café fino no mercado e chuvas ameaçam qualidade da nova safra
Caires Carvalho
Ger. Coop. Agropecuária Andrades
Diversos fatores estão proporcionando a alta das cotações do café. Além das tendências de lucro e de mais investimentos, já que ontem as bolsas registraram alta de 600 pontos, o frio no hemisfério norte faz a demanda crescer. A falta do café fino também colabora para a valorização do produto. Caires Carvalho, gerente da cooperativa Agropecuária Andrades, afirma que este tipo de café simplesmente não existe no mercado. “Desde o início das colheitas não parou de chover, não houve sequer uma semana de sola para que o produtor pudesse fazer uma colheita bem feita”.
Para exemplificar a situação, Carvalho informa que os produtores da cidade não conseguiram aprovar nenhum lote de café na BM&F este ano. “Por sermos uma cidade pequena, normalmente colocamos 12 mil lotes. Este ano houve uma renovação de 90%, que passou para o ano que vem, e os outros 10% que entregamos não passaram pela aprovação”. Ele afirma que a exigência da bolsa estava maior este ano.
Chuvas
Se as chuvas acontecerem durante a colheita este ano, segundo o gerente da cooperativa, teremos mais uma safra com grãos de baixa qualidade. “No momento, as chuvas intensas e o calor muito forte faz com que as lavouras fiquem mais vulneráveis a doenças”. A falta de renda do cafeicultor também colaborou para que o café viesse com baixa qualidade este ano, já que o investimento em fertilizantes foi baixo.
Outro problema para os cafeicultores é o pagamento dos contratos da Conab, que não têm data para acontecerem. “Eu tive a informação em Brasília que os contratos seriam pagos nesta sexta-feira, dia 8. Mas eu já tive a informação de que será dia 15”. Fonte: Redação N.A.