ESPECIAL
28/11/2009
Os heróis da sustentabilidade
O ecologista Cássio Moreira tem revolucionado os cafezais no sul de minas . O segredo é consorciar os cafeeiros com árvores nativas
Lívia Andrade
Cássio Franco Moreira tinha tudo para ser mais um entre centenas de cafeicultores do sul de Minas Gerais. Tinha, mas não é. Em uma atividade impregnada pela postura reativa às questões ambientais, ele é uma voz conciliadora e enxerga agricultura e conservação como uma coisa só. Sua visão é fruto de uma caminhada que começou cedo. Filho e neto de cafeicultores, desde pequeno ele acompanha os dilemas do produtor agrícola. Foi um desses episódios que fez Moreira se interessar pela agricultura orgânica. “Meu avô plantava banana com agrotóxico e uma vez as vacas tomaram o veneno e dez morreram”, diz. O incidente levoua família a abandonar os agroquímicos e inspirou a trajetória profissional do então menino, hoje à frente da coordenação do programa Agricultura e Meio Ambiente da ONG ambientalista WWF-Brasil.
A vocação familiar levou Moreira à engenharia agronômica. Depois de formado, ele foi consultor do Instituto Biodinâmico (IBD) e fez mestrado e doutorado em Ecologia e Agrossistemas. O café sombreado por árvores foi seu objeto de estudo durante cinco anos. Ele queria entender por que as experiências com sombreamento de cafezais no Brasil não tinham dado certo, se a metodologia é usada com êxito em todos os países produtores da América Central. Os resultados apontaram o erro.”Os cafezais da América Central estão próximos da linha do Equador e lá você não tem muita diferença no tamanho do dia, o que permite usar um sombreamento mais intensivo. Já no sul de Minas e na região da Mogiana, o dia é curto no inverno, então o sombreamento não pode ser intensivo para não prejudicar a indução floral”, diz o pesquisador.
O curioso é que a solução estava bem próxima de Moreira, na Fazenda Jacarandá, propriedade da família do cafeicultor, localizada em Machado, sul de Minas. Andando pelos cafezais de lá, que ocupam 85 hectares, ele observou o pau-pereira, árvore típica da Mata Atlântica, que perde as folhas no período de inverno, justamente quando o cafeeiro precisa de mais sol para se desenvolver. Desta forma, Moreira matou a charada. 0 consórcio tinha que ser com espécies arbóreas que perdem as folhas no inverno. As experiências anteriores tinham sido com a grevilha, uma árvore exótica, que não perde as folhas, motivo da baixa produtividade do passado. No experimento de Moreira, ele comparou o café orgânico em pleno sol e sombreado e também os cafezais convencionais em pleno sol e sombreados e, em ambos os casos, a produtividade foi a mesma. “Mas a fertilidade do solo com sombra é muito melhor, bem como o tamanho dos grãos e a qualidade da bebida”, diz o pesquisador.
A conversão para o sistema orgânico, aliado ao sombreamento dos cafezais, foi o que garantiu a permanência da família Franco Moreira na cultura nos anos de crise do café, de 1999 a 2003. “Nestas horas compensa ser orgânico, porque o preço é mais estável. Se a saca da commodity está valendo R$ 100, você vende a R$ 300”, diz. No caso da fazenda Jacarandá, a situação é ainda mais privilegiada. “Temos uma parceria de anos com compradores japoneses, o que nos permitiu atrelar o custo de produção ao salário mínimo”, diz. A relação é tão consolidada que praticamente 80% da produção, que é toda certificada pelo IBD, vai para este único cliente, que este ano pagou R$ 600 por saca. “Os japoneses agregam valor à nossa história. Eles têm até a associação dos tomadores de café da fazenda Jacarandá”, conta.
Mas a grande vantagem do sistema é a reciclagem da matéria orgânica. As folhas das árvores voltam para o solo, ajudando a diminuir os gastos na adubação. “Diminui também o custo de controle de espécies invasoras, porque a árvore fica com sombra na época da chuva, que é quando o mato mais cresce”, explica. Além disso, a um mês da 15a Conferência das Partes da Convenção do Clima – COP 15 (leia entrevista à pág. 72), Moreira tem mais motivos para comemorar. Segundo Melinda Kimble, vicepresidente da Fundação das Nações Unidas, “a agricultura tem o potencial de reduzir 90% das emissões de carbono, se simplesmente deixar de usar fertilizantes de origem fóssil e migrar para os sistemas de solos orgânicos”. A sugestão e o percentual são controversos (vide boxe na pág. 70), mas que a agricultura orgânica contribui na fixação de carbono no solo, disso não se tem dúvida.
Orgânico de milhões
Assim como Moreira, foi uma intoxicação com agrotóxicos que levou o engenheiro florestal Joe Valle, hoje secretário de Inclusão Social do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), a enveredar pela agricultura orgânica. O episódio aconteceu em 1985 e resultou na reformulação da fazenda Malunga, propriedade de Valle. Com a consultoria de um dos pioneiros na agricultura orgânica no Brasil, Paulo Yoshio Suzuki, ele repaginou o sistema de plantio da propriedade. No entanto, a profissionalização da empresa ocorreu uma década depois, quando Valle se casou com a engenheira agrônoma Clevane Ribeiro. Hoje a produção da propriedade inclui 120 itens entre hortaliças, laticínios, aves e ovos que podem ser encontrados em 36 supermercados da capital ou encomendados pelo site. “Também começamos a vender alguma coisa em Goiás, mas nosso foco continua sendo os mercados locais”, diz o engenheiro.
Os números são a prova da aceitação da Malunga e da demanda crescente por orgânicos no País. A empresa faturou R$ 4 milhões no ano passado, deve chegar a R$ 7 milhões este ano e tem planos ousados. “Vamos fazer a Copa Orgânica e a previsão é chegar aos R$ 25 milhões em 2014.” A empresa está com um projeto de expansão da produção e, para isso, selecionou três produtores como parceiros. Para a Malunga, o lucro é consequência do desenvolvimento econômico aliado ao social e ambiental. A propriedade tem 129 hectares de orgânicos e um total de 170 funcionários. 0 número é
grande para os padrões atuais, mas condizente com a filosofia, que prega que o caminho do orgânico é coletivo. Tanto é que todo final do ano, a empresa divide 30% do lucro líquido com o grupo de conselheiros, formado por funcionários com mais de dez anos de casa. “Investimos em pessoas, porque, se as pessoas estiverem felizes, nós também estamos e a empresa vai bem”, explica Valle.
Na Malunga, o equilíbrio da mata é reproduzido para fins econômicos e é a fórmula do sucesso. “Se você desmata, o vento vem com força e tem um grande efeito na evaporação da água. Além disso, os insetos caçadores das lagartas são levados e você tem que usar veneno”, explica o engenheiro. Hoje, como secretário do MCT, ele tem disseminado a tecnologia. Já foram criadas várias escolas de referência em agroecologia nas regiões produtoras e núcleos em universidades para estimular mestrados e doutorados no tema. Agora, é só respeitar o tempo de maturação e colher os frutos.
Ambientalismo S/A
Por muito tempo, a sustentabilidade foi vista como capricho de um seleto grupo de empresas. Mas os tempos mudaram. Agora, o tripé composto por desenvolvimento econômico, social e ambiental faz parte do planejamento estratégico de toda companhia, ainda mais se ela for de capital aberto. Este é o caso da SLC Agrícola, uma empresa familiar que se profissionalizou e abriu capital em bolsa em 2007. Com expertise na produção de soja, milho e algodão, hoje a companhia tem 220,8 mil hectares plantados com as três commodities espalhados pelo Brasil. Até a abertura de capital, a SLC atuava em três Estados, mas, com o dinheiro levantado com a venda das ações, ela expandiu suas unidades produtoras para sete unidades federativas. No entanto, nenhuma aquisição foi feita sem considerar o código florestal. Prova disso é que, em um comunicado recente ao mercado, a companhia divulgou que está adquirindo, por R$ 3,36 milhões, oito mil hectares de terras no município de Santa Cruz do Xingu, Mato Grosso. A medida é estratégica e visa a compensação de Reserva Legal de futuras aquisições.
Esta antecipação faz parte da filosofia da SLC, que tem “aversão a riscos”. Além disso, está relacionada ao novo paradigma empresarial que coloca a sustentabilidade como elemento essencial a todo processo produtivo. No caso da SLC, o fato de a maioria dos acionistas ser investidor estrangeiro coloca esta questão ainda mais em evidência. Para Arlindo de Azevedo Moura, presidente da SLC Agrícola, “a nova consciência ambiental exige que as empresas agrícolas coloquem a natureza em primeiro lugar”.
No quesito social, a companhia se diferencia por ter um plano de carreira vertical. Em outras palavras, a política é promover a prata da casa, iniciativa que estimula os funcionários da empresa. Quanto ao desempenho econômico, os números falam por si. Em 2008, o lucro bruto foi de R$ 166,3 milhões, um salto de 124,1% em relação aos R$ 74,2 milhões registrados no ano anterior.
“Não há consenso para a COP 15”
Rodrigo Lima gerente-geral do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Ícone), fala sobre as questões que antecedem a 15ª Conferência das Partes da Convenção do Clima (COP 15)
Você esteve na reunião pré-COP 15 em Bangcoc, Há um consenso de opinião há consenso de opinião entre os países?
Não há consenso. Países desenvolvidos não querem se comprometer com novas metas obrigatórias. Os EUA deixaram bem claro, o que faz com que a União Europeia e outros desenvolvidos fiquem com o pé atrás.
Como o Brasil chegará à Convenção do Clima em Cooenhague?
O grande problema do Brasil é o desmatamento. Se conseguirmos diminuir este ponto, o País chegará bem, com uma enorme redução das emissões.
Qual a chance de a Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD) ser incluída como proposta brasileira para a COP 15?
REDD é um ponto central para o Brasil. O problema é como financiar. Os países desenvolvidos já acenaram que não vão colocar dinheiro na mesa, e, sem financiamento, pouco se pode fazer nos países em desenvolvimento.
Nesta cenário, a agricultura aparece como vilã ou como solução?
A agricultura é vista como vilã e como ameaçada, Mas é também um setor que tem a contribuir para a redução de emissões de carbono e para o sequestro de gases de efeito estufa. Na COP 15, o tema deve entrar de maneira tênue, mas certamente será aprofundado, à medida que os mercados passarem a exigir práticas menos emissoras.
Dos dois lados da porteira
Como esses senhores fazem de suas fazendas uma divertida extensão de seus trabalhos e de que forma isso os ajuda no dia a dia empresarial
IBIAPABA NETTO
Andando pelos cafezais de sua fazenda, no extremo sul de Minas Gerais, o produtor Laércio Giampani observa a saúde de suas plantas. A última aplicação de defensivos químicos, segundo ele, foi um sucesso. Com suas plantas livres de pragas e doenças, ele diz estar absolutamente satisfeito com os resultados obtidos. “Essa é realmente a melhor tecnologia que eu conheço”, diz, orgulhoso, analisando com cuidado as folhas dos arbustos. São pouco mais de 200 hectares plantados com variedades de café arábica, o mais rentável. A produtividade de 250 sacas por hectare está de acordo com o que fazem alguns dos mais importantes produtores. Tais insumos, que dele arrancam suspiros, fazem parte de um pacote tecnológico oferecido pela multinacional americana Syngenta, empresa que tem como presidente o próprio Laércio Giampani.
A história pode até soar estranha, uma vez que poucos produtores imaginam ser possível ter como vizinhos de cerca chefões das poderosas empresas fornecedoras de insumos. Segundo levantamento realizado por DINHEIRO RURAL com corretoras que operam na bolsa de valores, tal situação é inusitada e, para analistas, é encontrada apenas no agronegócio. “Nunca havia me deparado com uma situação dessa”, pondera Luiz Marchetti, da Mesa Corporate, especializada em governança corporativa. Afora alguns cuidados éticos – bastante claros entre todos os executivos entrevistados -, essa situação traz algumas vantagens. Principalmente para o cliente. “Um presidente de uma empresa fornecedora de insumo que conhece na pele a situação de um produtor rural pode sensibilizá-lo a encontrar soluções que fogem dos manuais de gestão”, opina José Vicente Ferraz, diretor da AgraFNP – consultoria especializada no mercado agropecuário. O que Giampani pensa disso? “A aproximação com o setor é muito produtiva, porque sei da necessidade deles, o que vai além dos relatórios”, completa.
O caso do presidente da Syngenta não é o único modelo de sucesso entre os mandachuvas das multinacionais que atuam no agronegócio. Antonio Carlos Zem, presidente da FMC Agricultural Products, também tem os pés na terra. No Maranhão, é sojicultor. Planta 2.500 hectares. Em Teresópolis (RJ), produz uvas finas para exportação. Durante a semana, vende produtos químicos para ambas as culturas. Uma de suas diversões, quando está vestido na pele de produtor rural, é receber seus fornecedores, que na verdade também são concorrentes. Enquanto faz as compras para a fazenda, recebe de graça uma aula de como as rivais estão trabalhando no mercado – o que está sendo oferecido e em quais condições. “Eles não sabem que eu sou presidente da FMC, o que é realmente muito bom”, se alegra. A fazenda tem de dar dinheiro porque, segundo ele, “não há hobby que justifique tamanho investimento”. Com chapéu e botas, Zem comenta que o fato o ajudou a tomar uma de suas decisões mais importantes como executivo-chefe: fazer sua companhia desembarcar no bilionário mercado de soja. Até o ano passado, a múlti americana possuía uma forte presença nos mercados de cana e algodão, contudo, negligenciava a sua participação no mundo da soja. “Percebi que realmente não poderíamos continuar fora desse setor e agora entramos com força”, comemora. Dentro de sua estratégia, ele prefere comprar apenas produtos dos concorrentes, porque dessa forma, não há nenhum impedimento ético. “Se eu comprasse da FMC, seria complicado porque teria de seguir uma série de requisitos para não ter nenhum tipo de vantagem em relação aos meus clientes”, analisa. Giampani, da Syngenta, sabe bem como isso funciona. “Nós temos a melhor tecnologia do mercado. Então, não faria sentido eu, como presidente, não prestigiar a companhia, que dirijo”, diz. A exemplo de outros setores, como o automobilístico, ele pode comprar com um pequeno desconto, justamente por ser funcionario. Contudo, só pode pagar à vista ou no máximo faturado para 30 dias. Numa atividade em que uma aplicação de defensivo pode custar dezenas de milhares de reais, nem sempre o desconto à vista resolve. “Às vezes preferiria ter a condição normal, sem desconto, mas o importante é ter acesso à tecnologia”, pondera.
Apaixonado pela produção leiteira, o executivo Ingo Erhardt sempre sonhou em ter uma fazenda. Durante sete anos ele morou nos Estados Unidos – época em que fez sua primeira tentativa. Mas a distância das terras praticamente inviabilizava a atividade. De volta ao Brasil, ele fez a reestruturação da empresa de equipamento Fokink – fabricante de silos e equipamentos para ordenha. A realização do projeto aconteceu quando ele assumiu a presidência da GSI – multinacional americana que também atua na construção de silos e tecnologias para ordenha. “Nessa época, eu tomei a decisão de comprar minha fazenda”, relembra. E a área não poderia ser outra: a pecuária de leite. Com 550 hectares no Rio Grande do Sul, a 90 quilômetros da capital gaúcha, ele mantém um rebanho de 80 vacas em lactação, com média de 17 litros/dia cada uma. “Não posso e não vou reclamar da atividade”, diz. Mesmo sendo o setor leiteiro conhecido pelas baixas margens, ele avalia que a atividade vai bem. A propriedade possui tudo o que a tecnologia permite e quase se transformou num mostruário da GSI. Ordenhas computadorizadas, pisos antiderrapantes, cochos com alimentação automática são alguns itens que existem em seu estabelecimento. “Eu não subsidio a atividade leiteira, ela tem de ser rentável para se justificar e se, por acaso, ela não se mostrar viável, simplesmente abandono”, comenta de forma bastante direta.
Mas não são apenas os presidentes das empresas que se dão ao luxo de entrar no agronegócio e desfrutar das benesses do campo – ou das agruras que acabam se transformando em soluções. Um caso um tanto diferente acontece na própria Syngenta, comandada por Laércio Giampani. Outros funcionários também são cafeicultores, como o gerente de segurança de produtos, Egídio Moniz, que trabalha há 34 anos na corporação. Indiano de nascimento e brasileiro por adoção, ele se gaba de conseguir uma produtividade superior à do chefe. “Ele pode ser meu chefe, mas meu café é mais bonito”, brinca. Ele mantém uma área de 35 hectares irrigados e diz que a sinergia das funções só ajuda. Amauri Peloi, gerente de marketing para inseticida para toda a América Latina também aposta nos conhecimentos adquiridos no campo para ajudar no trabalho. E viceversa. “Uma de nossas campanhas nasceu de uma conversa de cerca com um vizinho”, brinca, citando o defensivo “Verdadeiro” cujo mote – “nunca vi nada igual” – nasceu de um empolgado comentário, proferido por um vizinho de cerca.
Mário Barbosa, presidente da Bunge Fertilizantes também está nesse time. Ele é produtor de café arábica no norte de São Paulo. Em suas fazendas, o executivo utiliza os fertilizantes fabricados pela empresa em que trabalha. Barbosa também é criador de cavalos da raça mangalarga e até foi presidente da associação dos criadores. Segundo ele, conhecer o trabalho na fazenda o ajuda no cotidiano empresarial. “Um trabalho prazeroso e lucrativo”, afirma.
POR QUE PLANTAR?
Enquanto apurava esta reportagem DINHEIRO RURAL se deparou com um fenômeno interessante: muitos executivos de grandes empresas não quiseram expor seu lado produtor, argumentando que tal situação não contribuía para os negócios que dirigem. Contudo, em conversas informais pôde-se observar uma unanimidade: todos declaram estar absolutamente satisfeitos com os resultados obtidos em seus negócios. Mesmo em alguns setores pressionados pelos preços e, principalmente pelo câmbio, ninguém se declarou no vermelho ou com extrema dificuldade para pagar as contas. O motivo, segundo eles, está na gestão profissional de seus negócios conduzidos conforme mandam os manuais de administração de empresas. O controle de custos e a estratégia de comercialização apareceram como os itens mais importantes, na opinão desses empresários. A escolha da cultura, em todos os casos, leva em conta os conhecimentos adquiridos na vida como executivo. “É mais fácil cuidar de um negócio quando se tem pleno conhecimento do mercado”, disse Antonio Carlos Zem, da FMC. Segundo ele, esse tipo de atividade sugere uma mudança no padrão de comportamento. “Conseguimos associar uma atividade rentável a um negócio lucrativo”, define o executivo-produtor.