25/11/2009
Lagarta do café
O atraso no controle da lagarta do café está causando prejuízo nas lavouras do sul de Minas Gerais. Em Guapé, a infestação aumenta rapidamente.
Na área de 70 hectares poucos pés de café não foram atacados. Mais de 300 mil, um terço da propriedade, estão praticamente sem folhas. “No início começou pouco, mas logo a infestação foi muito grande e muito rápida. Por isso, o controle atrasou um pouco. Eu não esperava ser dessa maneira”, lamentou José Antônio de Faria, administrador da fazenda.
Agora, está sendo difícil controlar. E será mais complicado ainda recuperar. A parte atacada só deve produzir daqui a dois anos.
O ciclo das lagartas começa com as mariposas fêmeas. Depois do acasalamento, que acontece geralmente à noite, elas colocam de 150 a 200 ovos nas superfícies das folhas. Em até seis dias as lagartas nascem e já começam a atacar.
A larva muda de cor com o desenvolvimento. Na fase adulta cada lagarta chega a devorar cinco folhas em algumas horas. “Na fase de lagarta, ela fica 37 dias comendo”, falou o engenheiro agrônomo Armando Martielli.
O agrônomo explicou ainda que a lagarta dos cafezais normalmente aparece por causa do desequilíbrio biológico. Ele contou que ela pode atacar em qualquer época do ano, principalmente agora, no calor. Por isso, os cafeicultores precisam ficar atentos a qualquer sinal de infestação dessa praga.
Nesse estágio de infestação da lavoura o controle natural é difícil de acontecer. Normalmente, nesses casos, os agricultores têm de lançar mão de controle químico. A recomendação é consultar um engenheiro agrônomo para indicar qual o melhor procedimento.
As informações partem do Globo Rural.
Fonte: Café e Mercado