Conab Estima a Exportação de 30 Mi/Scs em 2010/11

De acordo com ele, no segundo trimestre ocorreu um incremento ainda maior.

“Nos meses de abril, maio e junho de 2009, as exportações alcançaram o volume de 7,39 milhões de sacas, o que representou um expressivo acréscimo de 19,20% em relação ao que foi exportado no mesmo período de 2008″, informou.

No intervalo de 12 meses, calculado entre agosto de 2008 e julho de 2009, as remessas de café já alcançaram 31.454.682 sacas, o que significa um aumento de 15,41% em relação ao mesmo período anterior. “É importante lembrar que grande parte desses embarques ocorreu no auge da segunda maior crise financeira mundial momento em que várias linhas de financiamento foram suspensas, inviabilizando uma parte substantiva do comércio internacional , o que torna esses números ainda mais expressivos”, frisou Queiroz.

O técnico da Conab anotou que, entretanto, paradoxalmente, quando se observa os números relacionados às receitas provenientes dessas exportações, nos deparamos com uma situação totalmente diversa daquela referente à apuração dos volumes exportados. “Enquanto no primeiro trimestre de 2009 houve um incremento de 9,22% no volume exportado, em relação a idêntico período do ano anterior, quando se observa os dados referentes às receitas, constata-se um decréscimo de 7,55%”, comentou.

Queiroz completou informando, também, que “os números relativos às exportações do segundo trimestre deste ano indicam a ocorrência de um incremento ainda mais significativo do volume exportado (19,2%), mas constata-se, no entanto, que as receitas tiveram um recuo de 4%”.

Formação de estoque? Ainda em sua prospecção para a safra 2009/10 de café, a Conab levantou a suspeita de que pelo menos parte dessas sacas exportadas pode estar sendo dirigida para a formação de estoques em alguns países importadores e não destinadas diretamente ao consumo. “Tal posicionamento poderia caracterizar uma estratégia, objetivando aproveitar o atual momento de cotações reduzidas no mercado interno”, analisou o técnico da estatal.

Projeção Estima-se que as exportações totais deverão atingir o volume de 30 milhões de sacas no ano safra 2010/11, um pouco abaixo do que deverá ser exportado neste ano safra 2009/2010 32 milhões de sacas. “Essa redução deverá ocorrer em função da tendência de desvalorização do dólar”, explicou.

Queiroz recordou que a moeda norte-americana, nos últimos oito meses, já sofreu uma retração de quase 20%. “E tudo leva a crer que o real irá se valorizar ainda um pouco mais. Muitos investidores continuam a dirigir parte substantiva dos seus portfólios de investimento para o Brasil”, projetou.

O Brasil, atualmente, é considerado um dos quatro principais destinos do capital estrangeiro. “Por mais que o Banco Central tenha se esforçado até aqui para tentar equilibrar a entrada desse fluxo maciço de divisas, posicionando-se na ponta de compra, o resultado prático é que o real continua sua rota de valorização. No primeiro trimestre de 2010 o dólar deverá ser cotado a R$ 1,60″, concluiu. As informações partem do Coffe Break.