19/11/2009
A celebração de convênio com a Associação dos
Produtores de café da Bahia, Assocafé, a reorganização da Câmara Setorial do
café e a articulação com as prefeituras para que os municípios baianos incluam o
café de qualidade na merenda escolar foram algumas das ações que o chefe de
gabinete da Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária, Seagri,
Eduardo Salles, divulgou para os participantes do 17º Encafé, Encontro Nacional
das Indústrias de café, que está acontecendo até domingo no Vila Galé Marés
Resort, em Guarajuba. Ele disse que o secretário da Agricultura, Roberto
Muniz, (por ele representado na abertura do evento), já autorizou a celebração
de convênio com a Assocafé para elaboração de um Plano Estratégico para o café
da Bahia. “Nosso objetivo é ter o melhor café do Brasil, com forte participação
no mercado internacional”, disse Salles.
O 17º Encafé, maior acontecimento do setor, acontece na Bahia como resultado
da ação da Seagri, que captou o evento para o Estado durante 10º Simpósio
Nacional do Agronegócio café, Agrocafé, realizado no Gran Hotel Stella Mares, em
março deste ano. O Encafé, promovido pela Associação Brasileira da Indústria do
café, Abic, é um evento anual de quatro dias, realizado há 33 anos, que reúne
mais de 700 empresários e fornecedores do ramo. “A Bahia, quarto estado
brasileiro em produção de café, tem excelente estrutura para receber um encontro
deste porte”, disse o diretor executivo da Abic, Natan Herszkowicz.
A inclusão do café de qualidade no cardápio da merenda escolar é uma das
estratégias citadas por Eduardo Salles para conscientizar o consumidor e
aumentar o consumo de café. Ele disse ainda que o governo estuda a possibilidade
de o Estado definir como regra para licitação só adquirir café com qualidade
mínima determinada, além de adotar o café de qualidade superior na merenda
escolar.
O café BAIANO
A Bahia detém a quarta posição no ranking dos estados produtores, com 2,5
milhões de sacas, podendo ocupar mais espaços com o café irrigado. Minas Gerais
é o primeiro no ranking, respondendo por 50% da produção nacional, seguido do
Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Paraná e Rondônia. Em São Paulo, a lavoura do
café perde espaço para o cultivo da cana e da laranja, que pode ser ocupado pela
Bahia, que assumiria o terceiro lugar no ranking nacional.
A Bahia tem aproximadamente 135 mil hectares de área plantada, espalhados por
167 municípios. Destes, em pelo menos 80 esta atividade já se apresenta de forma
importante, e em outros 30 se sobressai como de relevante importância
econômica.
As propriedades produtoras baianas estão estimadas em 10 mil, das quais
50% são de pequenos produtores, 40% de médios, e apenas 10% são consideradas
grandes, sendo que desta última só 5% apresentam áreas superiores a 100
hectares, concentradas no Oeste, onde a atividade é empresarial.
Atuam diretamente nesta atividade 10 mil famílias residentes nas
propriedades, que empregam diretamente 150 mil pessoas, número ampliado em mais
100 mil durante a colheita, com a mão-de-obra temporária. Em toda cadeia, desde
a produção ao comércio, atuam em média 400 mil pessoas, o que a torna a
principal atividade geradora de emprego e renda nas regiões onde está
instalada.
Fonte:
Imprensa / Seagri
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