Publicada em 20/11/2009
Cidade
Café ‘fora de casa’ fica mais barato
Dos oito itens avaliados em pesquisa sobre refeições em restaurantes, produto teve a maior queda
O cafezinho registrou a maior queda de preços entre os meses de agosto e outubro deste ano em Ribeirão Preto, conforme a Pesquisa de Alimentação Externa da Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia de Ribeirão (Fundace) e da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão (Acirp).
Dos oito itens pesquisados, apenas três tiveram reajuste negativo de preços. O café expresso ficou 1,5% mais barato, em seguida vem a comida por quilo em restaurantes, (-0,76%) e as churrascarias, 0,43% mais em conta. De acordo com Cláudio Miranda, diretor da Fundace, são variações ligadas basicamente ao movimento de mercado. “A movimentação de consumo é o que interfere nos preços”, disse.
Entre os aumentos, o destaque foi o suco de laranja, que subiu 1,72% entre os meses de agosto e outubro. “Era um produto que vinha em queda nas outras avaliações e agora teve uma reação”, disse Miranda.
Os refrigerantes estão em segundo lugar de aumentos, com variação de 1,63%, seguido pela pizza, 1,56% e lanches e salgados, 1,04%. Para alguns consumidores, os aumentos pesaram. “Está muito caro comer fora de casa em Ribeirão. Restaurantes, lanchonetes, tudo é mais caro e cada vez aumenta mais”, disse a professora Martha Maria Santos, 34, que almoça fora de casa de segunda a sexta-feira.
Os salgados tiveram reajuste de 0,94% e o marmitex, 1,02%, segundo a pesquisa.
Para o representante comercial Agenor Mendes, algumas variações não percebidas, principalmente quando existe queda de preços. “O café, por exemplo, não consegui sentir tanta diferença com essa queda.”
De acordo com o professor da Fundace, a alimentação fora de casa representa um peso importante no orçamento das famílias. “Por isso a necessidade de se acompanhar as variações nos estabelecimentos da cidade para compreender as mudanças de preços.” Para Miranda, são variações ligadas aos índices de inflação e a demanda.
A pesquisa consulta 206 estabelecimentos e faz 660 tomadas de preços. (RS)