Brasília, 16 – O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou hoje que os trâmites do primeiro vencimento de contratos de opção de café, realizado na sexta-feira, ocorreram normalmente. Mais três vencimentos desta modalidade estão previstos para o próximo ano: em janeiro, fevereiro e março.
Stephanes informou que não é preciso dizer com detalhes como ocorreu o processo porque toda a comercialização demora 48 horas para ser registrada, mas disse acreditar no exercício de 100% dos contratos. “É provável que (os participantes) entreguem 1 milhão de sacas de café ao governo”, disse, após participar da câmara temática de insumos agropecuários, realizada na sede do Ministério da Agricultura.
A avaliação do ministro tem base no preço de exercício oferecido nos contratos de opção. “O preço está vantajoso. Bem acima do preço de mercado”, considerou. Ele disse, inclusive, que alguns participantes adiantaram a entrega de produto ao governo antes do vencimento, mas não soube informar qual foi essa participação. O preço de exercício das opções é de R$ 303,50, a saca. No mercado, as cotações estão entre R$ 265,00 e R$ 270,00, dependendo da qualidade do café.
Stephanes ressaltou que, apesar de estar abaixo do valor comercializado pelo governo por meio desses contratos, o preço de mercado já reagiu desde o anúncio das operações. De acordo com ele, a elevação no período foi de aproximadamente R$ 20,00 por saca. Por isso não haverá, segundo o ministro, necessidade de o governo adquirir café de forma direta e, assim, ampliar seus estoques. “Não há maior demanda por AGF (Aquisição do Governo Federal) porque o preço já reagiu.” Indagado sobre se a hipótese de realizar essa compra está descartada, Stephanes foi enfático: “Não, neste momento”.
Os leilões de contrato de opção, que totalizam 3 milhões de sacas, fazem parte de um programa de governo para adquirir até 10 milhões de sacas de café até o final da safra do próximo ano.