Margens curtas para produtores em 2010

8 de novembro de 2009 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado
Por: EXPRESSO MT

07/11/2009  



Pode soar repetitivo para os que acompanham as notícias do agronegócio, mas os dados que chegam ao nosso conhecimento são cada vez mais inquietantes para todo o setor avícola



Em apresentação promovida na última reunião do Conselho Superior do Agronegócio (COSAG) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), o consultor André Pessoa destacou números que podem representar um quadro preocupante para o desempenho da produção do milho, nosso tão precioso insumo.



Atingidas boas condições de produção, a safra 2009/10 do grão possivelmente chegue aos parâmetros obtidos neste plantio, de 52 milhões de toneladas. Entretanto, os destemperos climáticos podem vir a afetar estes índices, já que até o início do próximo ano deveremos continuar a sentir com intensidade os efeitos do El Niño.



Há ainda outra questão: pelas previsões apresentadas, possivelmente haja um aumento na demanda por milho na produção animal, chegando a um consumo de até 38,1 milhões de toneladas, frente 36,5 milhões da safra anterior. Deste total, mais de 21 milhões refere-se à produção avícola. Segundo os dados apresentados pelo consultor, baseados em números da CONAB, IBGE, Sindirações e da Agroconsult, é provável que a safra 2009/10 encerre com um estoque final de 7,6 milhões de toneladas – no ano passado, foram 9,7 milhões de toneladas.



Nós da avicultura sabemos onde isso pode vir a impactar. Possivelmente os custos de produção sejam influenciados, gerando conseqüências nas margens de lucro do produtor. E com os problemas que já temos enfrentado em relação aos tributos e as poucas intervenções governamentais em nosso socorro ficará mais complicado trabalhar no azul em 2010.



Por isso, aconselhamos ao produtor: PLANEJE-SE para 2010. Nossa principal característica sempre foi o planejamento. A avicultura brasileira é a mais exata das produções de cárneos e, por isto, é hoje uma das maiores do mundo. Como entidades, continuaremos a fazer nossa parte intervindo por mais ajuda de nossos governantes. Com cada elo fazendo sua parte, conseguiremos superar mais este desafio.



Fonte: ExpressoMT/UBA



 

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