Sexta-feira, 04/09/2009
O governo vai prorrogar, por quatro anos, dívidas de custeio e colheita que vencem de setembro a março do ano que vem. Serão feitam compras diretas de café com operações de AGF
Ajuda a cafeicultores
O ministro Reinhold Stephanes levou ao Ministério da Fazenda as propostas para apoiar a cafeicultura brasileira. Depois da reunião com o ministro interino da Fazenda Nelson Machado, algumas medidas foram anunciadas.
O governo vai prorrogar por quatro anos dívidas de custeio e colheita que vencem de setembro a março do ano que vem. Essas dívidas somam R$ 860 milhões.
Serão feitas compras diretas de café com operações de AGF, Aquisições do Governo Federal. Até dezembro deste ano, serão gastos R$ 300 milhões.
O financiamento de estocagem poderá ser pago em produto. A dívida, que soma R$ 700 milhões, poderá será trocada por sacas de café ao preço mínimo de R$ 261,69 o café tipo seis.
Essas medidas não atendem todas as reivindicações dos produtores que defendem o preço mínimo de R$ 320,00 a saca . Mas o governo argumenta que está concedendo uma ajuda ao setor que deve somar cerca de três bilhões de reais até o fim do ano que vem. O objetivo dessas operações é recuperar a renda dos cafeicultores e enxugar o mercado.
“A intenção do governo é recompor estoque no sentido de equalizar a oferta e a demanda. A ideia é fecharmos no final do próximo ano com estoque em torno de dez milhões de sacas”, disse Stephanes.
As medidas ainda precisam ser aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional.