Sexta-feira, 28 de agosto de 2009, 17h52
TAÍS FUOCO
O dólar comercial fechou a sexta-feira em alta de 0,91%, negociado a R$ 1,882 no mercado interbancário de câmbio, depois de oscilar entre a mínima de R$ 1,86 e a máxima de R$ 1,883. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista subiu 0,89% hoje e fechou o pregão a R$ 1,8816.
O mercado de câmbio operou hoje ao sabor de um “chuchu sem sal”, na definição de um operador, com poucos negócios. Os investidores se apegaram ao euro para definir a tendência e, na medida em que a moeda europeia caía, o dólar se valorizava frente ao real. Com isso, a moeda marcou a quinta sessão consecutiva de alta, mantendo o movimento em todos os dias desta semana e acumulando valorização de 2,78%. No mês, o dólar comercial registra alta de 0,91%. No acumulado do ano, queda de 19,40%.
O Banco Central fez no início da tarde um leilão de compra no mercado à vista. A autoridade monetária adquiriu dólar à taxa de corte R$ 1,874, quando a divisa era negociada em alta de 0,54%, a R$ 1,875. Um operador notou que, em dois dias desta semana, o BC extrapolou a quantia que normalmente adquire no mercado à vista – entre R$ 150 milhões e R$ 200 milhões – e comprou, respectivamente, cerca de R$ 500 milhões e R$ 800 milhões.
Contribuiu para o dia morno hoje o fato de estar às vésperas de setembro – fim do verão nos EUA e um mês que concentra histórico ruim no mercado financeiro global. “As duas últimas semanas de agosto são sempre as mais paradas do mercado financeiro”, afirmou Kathy Lien, diretora de pesquisa de moedas da GFT à agência Dow Jones. Por isso, ela avalia que, nesse período, “não há convicção real em nenhum dos movimentos do mercado de moedas”. Os indicadores americanos, ainda que positivos, não influenciaram o mercado cambial doméstico.