26/08/2009 – Diante da crise econômica e da saturação do mercado em seu país de origem, redes norte-americanas do segmento de alimentação como a Starbucks veem potencial no Brasil e em outros países da América do Sul, onde devem concentrar investimentos e expandir seus negócios.
A Starbucks, por exemplo, está passando por uma reestruturação nos Estados Unidos, com fechamento de lojas e demissão de funcionários, mas no mercado brasileiro tudo indica que deve acelerar seu crescimento e abrir uma loja a cada 45 dias, procurando novos pontos em cidades como o Rio de Janeiro.
No país como Starbucks Cafés do Brasil, a rede de cafeterias opera por meio de uma joint venture entre a Cafés Sereia do Brasil, do empresário Peter Rodenbeck, com 51%, e a Starbucks Corporation, com 49%, somando atualmente 23 unidades.
De acordo com Ricardo Carvalheira, presidente da rede no Brasil, devem fechar 2009 com 24 lojas, frente às 18 do ano passado, tendo entrado no Brasil no final de 2006. Apesar de a marca ter entrado no Chile antes, há cerca de seis anos, o Brasil já tem quase o mesmo número de lojas e se destaca na América do Sul.
Na Argentina a rede entrou em 2008, e pode chegar a outros países, como o Peru. “Na América Latina, e principalmente no Brasil, o momento é muito diferente dos Estados Unidos. Há mais espaço e consumo, o impacto da crise foi diferente e aqui vários índices já mostram recuperação”, diz.
Este ano, uma loja deve ser aberta no Shopping Center Norte, em São Paulo, e uma outra acabou ser inaugurada na zona leste da capital, no Shopping Anália Franco, e já é uma das 5 maiores da rede em vendas. Por questões estratégicas, o executivo não revela a previsão de abertura de lojas em 2009, mas estão otimistas e devem abrir mais lojas na cidade do Rio de Janeiro, entre outras.
O presidente da rede ainda destaca que estão fazendo promoções, como a que fizeram no período do café da manhã, com uma bebida de café e um pão de queijo por um preço mais acessível, o que impulsionou as vendas e foi escolhido por 17% dos clientes que compram no período da manhã. Com ganho de escala e mais lojas, a rede também busca mais fornecedores locais e quer substituir importados, que hoje representam 40% dos produtos. “Já conseguimos fazer várias substituições e isso deve melhorar a gestão da operação. Vamos depender menos dos importados e das demoras do translado dos itens.”