24/08/2009 – No começo do século passado centenas de trabalhadores faziam a mão a colheita do café. Da roça para o terreiro e mais trabalho para os agricultores que usavam uma pá para mexer os grãos que precisavam secar expostos ao sol.
O tempo passou. Hoje em dia, a colheita já é mecanizada em 25% das lavouras do estado de São Paulo. Máquinas que custam R$ 500 mil, em média, substituem a mão-de-obra de cem trabalhadores e fazem o serviço bem mais rápido. Impedindo que os grãos estraguem no pé.
A modernidade já chegou à fazenda do produtor rural Ruy Bonini, que fica em Gália. No local, a secagem do café também tem o auxílio de uma máquina. De hora em hora, o trator remexe os grãos num trabalho ainda bastante demorado.
Por isso, José Luiz decidiu apostar numa nova técnica. Os terreiros da propriedade dele, na cidade de Garça, estão vazios em plena safra. É que todo o café produzido na fazenda é trazido diretamente das colheitadeiras para um depósito e transportado para dentro dos silos, onde é feito o processo de secagem.
Um ventilador acoplado aos tanques de armazenamento faz com que as condições climáticas fiquem perfeitas. Lá dentro não chove, não faz sol, a temperatura é constante e a umidade relativa do ar está sempre em torno de 35%.
Em todo o país são apenas 56 silos. Cada um tem capacidade de armazenar 1.500 sacas. O Brasil produz, por ano, 40 milhões de sacas de café. No ano passado, apenas 96 mil foram beneficiadas dessa forma. Outra vantagem é o tempo que o café leva para secar.
Enquanto num terreiro tradicional demora-se em média 20 dias para concluir o processo, no local o prazo cai quase pela metade. A enorme quantidade de café colhida pelas máquinas agora já pode ser absorvida.
O resultado disso é mais lucro para o produtor e um cafezinho mais gostoso na xícara. As informações partem da TVTEM, noticiou a Agnocafé.