No começo da semana, o Governo costarriquenho informou que, entre 5 e 10% da colheita de café foi perdida devido à umidade acumulada após tantas semanas de chuvas contínuas.
ONU e Cruz Vermelha enviam equipes à Nicarágua para aguardar Beta
Genebra, 28 out (EFE).- O Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), o programa de Avaliação e Coordenação de Desastres (Undac) e a Federação Internacional da Cruz Vermelha informaram hoje que enviaram equipes à Nicarágua diante da iminente chegada da tempestade tropical Beta.
“O Beta chegará à Nicarágua, sem que tenhamos conseguido repor as reservas de material de emergência que se esgotaram após a passagem do furacão Stan”, informou hoje a porta-voz da OCHA em Genebra, Elisabeth Byrs.
A porta-voz lembrou que a nova tempestade transforma esta temporada de furacões na mais ativa das conhecidas desde 1850. De acordo com dados da OCHA, o Beta, com ventos de 85 km/h, está a menos de 280 quilômetros do litoral caribenho da Nicarágua. Byrs explicou que “a tempestade ameaça Panamá, Costa Rica, El Salvador, Nicarágua e Guatemala”. Os dois últimos podem ser os mais afetados.
“Estima-se que a tempestade trará chuvas de 25 a 38 centímetros cúbicos” no nordeste de Honduras, Nicarágua, Costa Rica, no oeste do Panamá e nas ilhas caribenhas colombianas de San Andrés e Providência, disse a porta-voz.
A tempestade está se deslocando para o norte a 4 km/h, com ventos sustentados máximos de 100 km/h e rajadas de maior velocidade.
Acredita-se que o Beta ganhará força e, provavelmente, nas próximas 24 horas, se transformará em furacão de categoria um. A intensidade máxima, de acordo com a escala Saffir-Simpson, é cinco.
Por enquanto, o Beta já é a 23ª tempestade do Atlântico norte este ano e a 13ª a atingir a Nicarágua, superando o recorde de 12 registrado em 1969.
Na semana passada, a tempestade tropical Alpha provocou fortes chuvas e inundações no Haiti, onde morreram 13 pessoas, e na República Dominicana.
A atividade ciclônica foi tão forte que se esgotaram as letras do alfabeto latino usadas para iniciar os nomes de tempestades tropicais e furacões anualmente. Foi preciso recorrer aos nomes das letras do alfabeto grego.
Na Costa Rica, Byrs apontou que o país suportou fortes chuvas por cerca de quatro semanas e ainda há mais de mil desbrigados. No começo da semana, o Governo costarriquenho informou que, entre 5 e 10% da colheita de café foi perdida devido à umidade acumulada após tantas semanas de chuvas contínuas.