10/08/09 – O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, fez um balanço na sexta-feira sobre prioridades para o setor no segundo semestre de 2009. Otimista, Stephanes considera o cenário para a agricultura bem melhor do que as previsões feitas no fim do ano passado. Ele também lembrou que a desvalorização do real superou em muito a queda das cotações internacionais, o que estimulou o crescimento da exportação, que foi de 4,5%, nos primeiros quatro meses.
“O saldo continuará positivo em 2009, pois o Brasil é o maior exportador líquido de produtos agrícolas do mundo e o valor das exportações é seis vezes o valor das importações”, previu.
Ao fazer um balanço das prioridades do setor agrícola, Stephanes citou a necessidade de ampliação de mercados para os produtos agropecuários. Para o ministro, é preciso melhorar as condições de comércio com a China, especialmente para venda de carne suína. No caso da África do Sul, a meta é a reabertura das exportações para carnes de frango e suína, mercados que estão fechados desde 2005. Para a Rússia, a negociação é para ampliação das cotas para exportação de carnes. O Brasil também tem interesse em vender carne suína para o Japão.
Segundo Stephanes, para o trigo a previsão é que a produção seja feita dentro de bases econômicas sustentáveis e, para se manter, o produtor precisa ter, à disposição, preço e mercado. Por isso, de acordo com o ministro, o governo federal tem incentivado o aumento da produção do cereal no País adotando medidas como crédito e preços mínimos. Como resultado, em 2009, colheu-se a segunda maior safra da história.
Safra na mira
Sobre o Plano Agrícola e Pecuário , Stephanes disse que as regras do plano do governo federal para apoiar a próxima safra são consideradas adequadas. Para ele, a gestão deve ser feita no sentido de que as decisões, efetivamente, aconteçam em tempo e em volume esperado pelos produtores.
O ministro espera ainda encontrar uma solução para a correção de erros no Código Florestal que, segundo Stephanes, está levando insegurança às áreas da agricultura consolidada no País. Para ele, todo o esforço é para avançar na elaboração de uma proposta que congregue amplo acordo entre os setores produtivo e ambiental e o governo. “Não faz sentido que as questões de produção rural e de conservação ambiental estejam em níveis diferentes de importância econômica e social nas discussões de governo”, destacou Stephanes.