03/08/2009
As chuvas trouxeram o otimismo de volta à Cooxupé, maior cooperativa de café do mundo, que ganhou, com o clima favorável, novo ânimo em relação ao comportamento do produto até o final do ano.
As chuvas intensas e frequentes sobre o parque cafeeiro mudaram o humor dos produtores, que tiveram ainda outra notícia positiva: o maior interesse do mercado internacional de substituir os cafés colombianos e centrais pelo produto brasileiro. “Lá fora nunca pararam de comprar café, e de agosto para frente a comercialização deve ser ainda melhor porque termina o período de férias e as indústrias começam a recompor os estoques para o inverno no hemisfério norte”, diz Carlos Alberto Paulino da Costa, presidente da Cooperativa Regional dos Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé). No mercado interno a perspectiva é a de que a intervenção do governo resulte na elevação dos preços.
A Cooxupé participou de um pool de cooperativas que compraram o direito de vender ao governo 1 milhão de sacas de café arábica. “A venda para o governo (a R$ 310 a saca) soluciona parte dos problemas, mas acredito que até o período de exercício da opção de venda o preço no mercado já terá superado o oferecido pelo governo”, avaliou o presidente da Cooxupé.
Para estimular as cotações de café o Ministério da Agricultura pretende ampliar os estoques governamentais e aguarda a aquisição do produto ser aprovada pelo Ministério da Fazenda. Do total de café recebido pela cooperativa, 50% são exportados diretamente, 30% são vendidos para outros exportadores e o restante, em grande parte produto a granel, é direcionado ao mercado interno para torrefadoras.
O volume total movimentado pela Cooxupé equivale a 13% do café arábica produzido no Brasil e a aproximadamente 20% do café cultivado no estado de Minas Gerais.