EXCLUSIVO VÍDEO: APAC defende investimento em marketing e qualidade para promover café brasileiro

3 de agosto de 2009 | Sem comentários Entrevistas Mais Café
Por: Notícias Agrícolas

Publicado em: 03/08/09 às 14:56




 


 
A notícia de que a Colômbia pretende vender seu café no Brasil, a partir de 2010, causou espanto nos cafeicultores de todo o país. Segundo Ricardo Gonçalves Strenger, presidente da APAC (Associação Paranaense de Cafeicultores), isso será apenas mais um resultado da falta de investimento no setor. “Já estamos indignados há muitos anos porque o marketing do café do Brasil sempre foi feito de forma incipiente. O Brasil sempre optou por vender pela quantidade e não pela qualidade, e hoje nós temos qualidade mas não conseguimos vender, porque não temos marketing para isso”.


Strenger afirma que a APAC está desenvolvendo propostas estratégicas para o café. A principal delas, segundo ele, é de agregação de valor ao café brasileiro. “Nós propomos que o governo aprove uma Lei, ou Medida Provisória, no sentido de fazer uma reserva de mercado de 20% do café produzido em grãos no Brasil para que ele só possa ser exportado na forma de torrado e torrado / moído”. Na proposta, ele volume seria acrescido de 5% ao ano até atingirmos 50%.


Segundo Strenger, 20% do que é produzido hoje significa 8 milhões de sacas de café. “Com esses 8 milhões, ao invés de o governo proceder uma aquisição, como estão dizendo por aí, e que esse café certamente irá voltar ao mercado, deprimindo os preços; que esse café simplesmente seja retirado do mercado”. Investindo em qualidade, segundo Strenger, mais de 10 milhões de sacas de café sairiam do mercado, o que faria os preços subirem.


Além deste esforço do governo, Strenger defende que o cafeicultor precisa fazer um esforço de marketing, apostando na abertura de cafeterias pelo mundo inteiro, assim como faz a Colômbia. Outra proposta feita pela APAC é que o governo aprovasse a normatização da qualidade do grão cru. “O café tem várias classificações e já houve uma portaria em 2003 que normatiza a classificação”. Dentro desta linha, o café de qualidade mais baixa seria utilizado para outros fins, como, por exemplo, a produção de biodiesel, que está sendo estudado pela Universidade Federal de Minas Gerais.

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