CAFETERIA – Estima-se que em Salvador, atualmente, existam 400 cafeterias

1 de agosto de 2009 | Sem comentários Cafeteria Consumo
Por: Tribuna da Bahia

Cidade
Vai um cafezinho aí?

Publicada: 01/08/2009 


Gisele Assis


Desde a época do estabelecimento Café das Meninas, que funcionava na Rua da Ajuda, o café é o “néctar dos deuses” dos baianos. Independente do tipo e variação, capuccino, expresso e de lattle art – técnica de fazer arte e desenhos com leite vaporizado em bebidas de café -, o líquido caiu no gosto da população e ao lado da cerveja, passou a ser a bebida mais popular. Segundo o vice-presidente do Sindicato da Indústria do Café do Estado da Bahia (Sindicafé), José Corral “estima-se que em Salvador, atualmente, existam 400 cafeterias, que vêm aumentando e ajudando a movimentar a economia da cidade”.


Só no Shopping Iguatemi, considerado um dos mais populares, mais de 28 cafeterias funcionam diariamente, de 9h as 22h. A loja Café da Praça, uma das existentes no local, localizada no 3° piso, diariamente atende cerca de 800 pessoas que escolhem entre os mais de cinco tipos de café vendidos.


Segundo Dejane, barista da loja, o movimento é intenso desde a abertura da cafeteria e piora por volta das 15h, onde “não fica espaço nem no balcão”. Já o Salvador Shopping conta com 10 pontos de vendas especializadas no fruto.


A barista Cida Te Roussan, proprietária da Lucca Café, no Shopping Salvador, relatou que no fim de semana, o estabelecimento chega a atender 400 pessoas e que a grande preferência se dá pelos tipos cappuccino, café expresso e Mocca Coffee Shake, feito com sorvete de creme, calda Belga e o Doppio único. A Butique de café, modo que Cida gosta de chamar o local, trabalha apenas com cafés especiais e tem em seu cardápio 32 tipos da bebida.


A proprietária relata que as pessoas que vão até o estabelecimento apreciam tanto o produto vendido que, “além de saborear o café, na maioria das vezes compram pacotes do fruto de várias regiões, que vendemos aqui”. Alguns especialistas na arte do café acreditam que o sucesso do fruto com os baianos, atualmente, deve-se ao “leque” de opções, encontrados nas cafeterias da cidade. Onde as variedades vão desde o Capuccino 4 Chocolate, Capuccino com bordado de chocolate, Capuccino cremoso e com canela, café com chantilly, gelado, com chocolate, chicória, cardomomo, gengibre, aromatizantes, leite condensado e até mesmo ao café com licor. A estudante Ana Paula, conta que para ela a ida a uma cafeteria já se tornou um hobby e que, “toda vez que tenho um tempo livre vou saborear um café gelado, pois o gosto é exótico e me atrai”.


Preferência nacional o café é figura presente na vida das pessoas e para muitas já virou um hábito há ser praticado diariamente, para acordar, aguçar a vontade de fumar e curar ressaca. O aposentado Daniel Souza, disse que “toda vez que venho ao shopping, vou ao supermercado ou enquanto espero a minha mulher terminar de fazer compras, procuro um lugar que venda café e peço um expresso puro. Não coloco nem leite que é para não perder o sabor”. A comerciante, Anita Souza confessa que, “só é necessário eu sentir o cheiro do café para me dar água na boca e eu ir saborear um menorzinho na cafeteria mais próxima”. Já Antonio Amorim, “viciado” em café, assumido, relata que muitas vezes deixa de almoçar para beber um copo de café com leite acompanhado de um lanche. Ele que passa mal se não beber pelo menos um gole de café, explica que “o café diminui o meu stress e se eu não tomar fico com dor de cabeça”.


De olho em clientes, a exemplo de Antonio e nesse mercado que não para de crescer, várias redes de Fast-Food passaram a investir no setor e a comercializar o café tradicional e suas variações. O Bob’s foi uma destas. A empresa, através de um estande chamado Coffee Time, montado no 2° piso do Shopping Iguatemi, disponibiliza quatro tipos da bebida para seus clientes. Além de comercializar a bebida a loja oferece um espaço para os clientes que vão somente apreciar a bebida ou até mesmo realizar reuniões de negócios, já que nos dias de hoje, tornou-se hábito entre os executivos encurtar distâncias e resolver questões profissionais nos cafés da cidade. Marta Souza, trabalhadora a 27 anos da empresa, disse que “já chegamos a atender aqui, dois mil clientes em um dia. O que é bom para empresa por que também estimula o consumo de outros produtos”. No entanto Souza revela também que com a concorrência o número de clientes caiu um pouco, mas ainda alcança a casa dos mil.


Publicada: 01/08/2009 Atualizada: 01/08/2009

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