Vendas de grãos finos não são afetadas pela crise na Costa Rica

Por: Coffee Break / Agência Safras

29/07/2009 – As vendas de café fino da Costa Rica são estáveis e a preços razoáveis, apesar da crise, o que leva à conclusão de que conseguiu se defender adequadamente. Esta situação alegra os exportadores uma vez que “determina que o café é um produto de primeira necessidade mesmo em épocas de crise”, disse Arnoldo Leiva, presidente da Associação de Cafés Especiais da Costa Rica.


Além disso, o segmento de mercado ao qual se dirige o café de alta qualidade é menos sensível aos preços, sendo, assim, capaz de manter diferenças de até US$ 50 por quintal (saca de 46 quilos) superiores aos preços do New York Mercantile Exchange, principal mercado para este grão.


Outro fato que ajudou foi a queda na produção da Colômbia, um dos principais concorrentes do mundo, em questão de qualidade. O volume produzido nesse país diminuiu na última colheita (alguns falam em até 20%, embora o número oficial não seja conhecido).


A baixa disponibilidade de café colombiano no mercado provocou uma diferença de preço em relação à bolsa de café, fazendo o produto subir cerca de US$ 90. Como resultado, muitos compradores buscaram grãos com características semelhantes de qualidade, mas de outras origens, especialmente dos países centro-americanos.


Bom reflexo Um leilão eletrônico de café de alta qualidade, chamado “Cup of Excellence”, realizado em 11 de junho, demonstrou o interesse por esses grãos.


Leiva salientou que, além dos tradicionais compradores, a Noruega e a Coréia se mostraram como novidades interessantes para o leilão dos lotes de café do país. Além disso, várias das empresas que compraram café de alta qualidade neste leilão não aparecem na lista do histórico de clientes de café finos da Costa Rica.


Além de boas defesas na crise, os exportadores de cafés finos estão muito otimistas quanto ao futuro, pois se supõe que, a médio prazo, possa ocorrer a escassez de grãos desse tipo. Essas condições incentivarão mais produtores a melhorar a qualidade do café e a renovar seus cafezais para melhorar a produtividade.


O programa de melhoramento da qualidade do café da Costa Rica já tem vários anos. Segundo o Icafé, cerca de 70% dos 2,12 milhões de quintais são atualmente exportados para consumidores que distinguem o alto nível de qualidade e pagam preços mais elevados por ele.


 

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