São Paulo, 13 – Produtores de café estiveram reunidos em Vitória (ES), na terça-feira, para discutir vantagens e desvantagens da aplicação de operações de drawback (importação do grão e reexportação de produto processado). “Trata-se de um começo de avaliação”, diz o presidente da Comissão de Café, João Roberto Puliti, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). “É interessante notar que não houve, por parte dos produtores, rejeição à idéia”. “Em princípio, ninguém se mostrou contrário”, observou.
A principal questão dos produtores é saber se o drawback pode trazer prejuízo para o setor. Nesse sentido, a maior preocupação é a possibilidade de entrada de pragas e doenças do café, que não existem no Brasil. Em contrapartida, a grande vantagem da medida seria a possibilidade de elevação dos preços internos, em particular do café conillon. Isso porque os preços internacionais do produto tenderiam a subir, com a demanda de torrefadores brasileiros.
Puliti informou que a reunião foi apenas a primeira, de uma longa discussão. Segundo ele, o setor vai consultar especialistas para não tomar decisão precipitada, de forma irresponsável. “A corda costuma arrebentar do lado mais fraco, que é o lado do produtor, quando a situação fica complicada”, comentou.