01/06/2009 – Cerca de 150 expositores de todo o Pará participaram, no último sábado, na praça Batista Campos, de uma feira de comercialização de produtos orgânicos, alimentos sem agrotóxicos, que recebeu cerca de dois mil visitantes. No local, especialistas palestravam sobre o assunto, que também era encontrado em livros e estandes. Frutas, legumes, verduras, ovos e outros produtos, cultivados através da agricultura familiar, estiveram a disposição de quem passou pela feira.
Também era possível encontrar produtos feitos a partir de folhagens, como embalagens, e cestas feitas com cascas de frutas, como o coco e o cupuaçu, com acabamento customizado. Para João Amaral, titular da Secretaria Municipal de Economia (Secon), a valorização dos alimentos orgânicos tem como objetivo proporcionar à população melhorias na qualidade de vida. “Queremos apoiar a produção e fazer com que as pessoas possam ter mais consciência da importância de se adotar uma melhor alimentação e adquirir mais qualidade de vida”, disse.
MANEJO
Alimentos orgânicos são resultado de um sistema de produção agrícola que busca manejar de forma equilibrada o solo e demais recursos naturais (água, plantas, animais, insetos), conservando-os a longo prazo e mantendo a harmonia desses elementos entre si e com os seres humanos. Deste modo, para se obter um alimento verdadeiramente orgânico, é necessário administrar conhecimentos de diversas ciências (agronomia, ecologia, sociologia, economia) para que o agricultor, através de um trabalho harmonizado com a natureza, possa ofertar ao consumidor alimentos que promovam a saúde dos seres humanos em todo o planeta.
“Infelizmente, não tomei conhecimento da feira, mas, com certeza, se soubesse teria ido, pois sou totalmente a favor da ingestão dos alimentos orgânicos, que nem sempre são fáceis de serem encontrados. Hoje, a alimentação das pessoas está bem comprometida devido a quantidade absurda de agrotóxicos e outros produtos usados na produção de tudo o que comemos, principalmente frangos e algumas verduras e frutas”, disse a pedagoga Glória Almeida.