São Paulo, 11 de Outubro de 2005 –
Os preços dos contratos de café de segunda posição negociados na Bolsa de Nova York voltaram a fechar acima de US$ 1 por libra-peso, patamar não alcançado desde 6 de setembro. Os contratos para março fecharam a 102,1 centavos de dólar por libra-peso, com valorização de 4% ante sexta-feira.
As chuvas nos países da América Central, principalmente Guatemala e El Salvador, como conseqüência da passagem do furacão Stan, foram a principal razão da alta dos preços, segundo o analista Gil Barabach, da Safras & Mercado. “A maior preocupação é com o atraso nos embarques desses países para Estados Unidos, Europa e Japão, por causa da dificuldade da chegada do café aos portos”, afirma Barabach. O período de maior consumo de café no Hemisfério Norte é de dezembro a fevereiro, em decorrência do inverno.
Outro fator que estimulou as compras dos papéis é que o café da América Central é certificado na Bolsa de Nova York, podendo ser utilizado para liquidar contratos. De acordo com o analista, há risco de que falte café para honrar os contratos de dezembro (primeira posição), agravado pela possibilidade de que 500 mil sacas de café, estocadas nos armazéns de Nova Orleans (EUA), sejam descredenciadas da Bolsa de Nova York por estragos provocados pelo furacão Katrina.
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados – Pág. 12)(Chiara Quintão)