COMMODITIES
26/05/2009
Vaivém das commodities
MAURO ZAFALON – mauro.zafalon@grupofolha.com.br
LEILÕES DE CAFÉ
O governo definirá em breve a data dos leilões de opção de café. Os vencimentos serão novembro (R$ 303,50 por saca), janeiro (R$ 309), fevereiro (R$ 311,70) e março (R$ 314,40). Serão leiloados 3 milhões de sacas, sendo 1 milhão com vencimento em novembro.
COTAS
Cada produtor poderá fazer a opção de venda de até 400 sacas, informou ontem Manoel Bertone, do Ministério da Agricultura, no 3º Coffee Dinner, realizado pelo Cecafé, em SP.
POUCO IMPACTO
Os leilões do governo vão provocar alta dos preços, mas não no patamar esperado, diz o produtor João Lopes de Araújo. Para ele, os 3 milhões de sacas deveriam ter vencimento único em novembro, enxugando mais o mercado.
JUROS A 6,75%
Bertone informou, ainda, que o Ministério da Agricultura pediu estudos para uma eventual compra de café pelo governo, caso os preços não reajam. Outra medida, foi um pedido ao CMN de redução das taxas de juros para 6,75%.
EFEITOS DA CRISE
Apesar da crise financeira internacional, o consumo mundial de café não caiu. O ritmo de crescimento, no entanto, parece ser menor, próximo de 1% ao ano. Apesar de parecer pequeno, esse crescimento acrescenta pelo menos 1,3 milhão de sacas a mais no mercado, diz Guilherme Braga, do Cecafé.
CENÁRIO BOM
Analistas de vários países, tanto produtores como consumidores, afirmaram ontem em São Paulo que o cenário é bom para o produto e que pode haver alterações no perfil de consumo, mas não queda.
DESENCONTROS
Para o colombiano Gabriel Silva Luján, o mercado receberá 1 bilhão a mais de consumidores em dez anos, o que exigirá boa evolução da produção. Para Carlos Brando, da P&A Consulting, pode faltar café. Nesse cenário, vários países se preparam para aumentar a produção, inclusive a estável Colômbia.
DESEQUILÍBRIO
Braga diz que é preciso atenção para não haver desequilíbrio e excesso de oferta, o que derrubaria os preços. João Lian, do Cecafé, diz que a cafeicultura mais moderna do Brasil está preparada para a concorrência com outros países.
DE VOLTA
Os investidores estrangeiros voltaram a comprar terras no Brasil nos meses de março e abril, o que impediu a queda do preço. No período, o hectare foi negociado a R$ 4.393, estável em relação ao primeiro bimestre do ano, segundo Jacqueline Bierhals, analista da AgraFNP.
NOVOS ARES 1
As reuniões do Conselho Deliberativo da Política do Café continuam sendo um foro de fortes discussões políticas e com foco na reprogramação de dívidas. Apesar de ser um local para discussões técnicas, não deixa de haver discursos inflamados de políticos com pouca correspondência com a realidade, avalia um observador.
NOVOS ARES 2
Apesar disso, começa a haver maior entendimento entre os participantes, inclusive com participação mais decisiva do ministro Reinhold Stephanes. Um dos pontos favoráveis da reunião de quarta-feira foi a discussão sobre a modernização da estrutura e do parque cafeeiro do Brasil para enfrentar os avanços de concorrentes.
NOVIDADES
Os recursos do Funcafé serão de R$ 2,4 bilhões em 2008. Desses, R$ 240 milhões irão para investimentos para melhoria de equipamentos nas propriedades -terreiros, irrigação etc. Com isso, os produtores podem obter mais qualidade e maior competitividade
DINHEIRO
22/08/2007
Vaivém das commodities
MAURO ZAFALON – mzafalon@folhasp.com.br
ARROZ SOBE
O preço do arroz voltou a subir no Sul. O tipo agulhinha em casca chegou a ser negociado a R$ 23,50 por saca, ontem. O aumento se deve à redução na quantidade do cereal colocado no mercado pelos produtores. No mês, o aumento é de 7,5%.
AJUSTE MAIOR
Para o analista Romeu Fiod, enquanto o mercado esquenta no Sul, fica firme em São Paulo, apesar do final do mês, quando a procura é menor. As redes varejistas já assimilam as altas no Sul, e Fiod prevê que os preços do arroz em casca caminhem para R$ 25 por saca.
NOVO LEILÃO
O Ministério da Agricultura leiloa hoje 40 mil sacas de 60 quilos de café de bebidas rio e riado. O café pertence ao Fundo de Defesa da Economia Cafeeira e está depositado em quatro armazéns no Paraná.
ESPECIALIZAÇÃO EM CAFÉ
A Universidade do Café Brasil (illycaffè) promove um curso de especialização no agronegócio na cooperativa Cooxupé (MG) a partir de 31 deste mês. Com 416 horas de duração, o curso envolve temas como gestão financeira, comercialização e mudanças climáticas na cafeicultura, entre outros. Os professores são ligados à USP.
EXPORTAÇÕES MINEIRAS
As exportações do agronegócio mineiro somaram US$ 2,3 bilhões no primeiro semestre, 21% a mais do que em igual período de 2006. O café mantém a liderança, com exportações de US$ 1,2 bilhão e alta de 32%.
UNIFICAR
Criadores de nelore mocho querem a unificação do nelore e do nelore mocho. Eles acreditam que a diferenciação é somente nos chifres. “O que vale mesmo é a qualidade das carcaças dos animais”, segundo carta enviada à ABCZ.
FLORES
Antecipar as tendências que marcarão a primavera, mostrar a variedade de flores do Estado de São Paulo e, principalmente, incentivar o hábito de as pessoas cultivarem flores e plantas são os principais objetivos da 16ª Expo Aflord (Associação dos Floricultores da Região da Via Dutra), que começa sábado, em Arujá (SP).
AQUECIDO
O trigo está em alta. Em Chicago, chegou a US$ 6,67 por bushel ontem. Já no Paraná, a tonelada se mantém a R$ 600, segundo Elcio Bento, analista da Safras & Mercado.
CARGILL TRIPLICA LUCRO
O lucro líquido da Cargill Inc. subiu para US$ 628 milhões no período de três meses encerrado em maio. No ano anterior, havia sido de US$ 168 milhões. A empresa diz que seu lucro ocorreu devido a ganhos gerados pelas divisões de insumos alimentares e do setor industrial, informa a Bloomberg.
Publicação: 04/01/07
NOVO CONTRATO A Nybot (Bolsa de commodities de Nova York) irá lançar no próximo dia 12 um novo contrato futuro de taxa de câmbio de reais por dólar. O contrato foi criado para complementar os contratos agrícolas da Bolsa e ajudarão os participantes da indústria do café a proteger-se contra riscos monetários. PROTEÇÃO “Nosso contrato de câmbio de reais por dólar dá à indústria do café exatamente o que ela necessita: a oportunidade de limitar a exposição à moeda e com isso proteger-se de qualquer movimento adverso da taxa de câmbio”, afirma Frederick W. Schoenhut, presidente da Nybot.
Além de apreciar a ginga da seleção de Carlos Alberto Parreira, os alemães podem constatar também a qualidade do alimento brasileiro, como carnes, frutas e cafés. O Ministério da Agricultura desenvolve uma campanha de rua em Berlim e em Munique, duas das principais cidades da Alemanha. O preço do álcool anidro voltou a subir nas usinas paulistas. O litro foi a R$ 0,96956 nesta semana, com alta de 0,48% em relação à anterior. O hidratado, ao ser negociado a R$ 0,85164 por litro, subiu 0,14% no período, conforme pesquisa realizada pelo Cepea.
Um estudo dos economistas Paulo Rabello de Castro e Fabio Silveira sobre a crise no campo indica que as receitas das lavouras de grãos devem recuar para R$ 47 bilhões neste ano, após terem atingido R$ 71 bilhões em 2004. A soja é a principal responsável por essa queda. Em 2004, as receitas com a oleaginosa atingiram R$ 37,6 bilhões. Neste ano, ficam em R$ 21,3 bilhões.
Nas avaliações dos economistas, as receitas totais das lavouras (incluindo café, cana etc.) são estimadas em R$ 103,3 bilhões neste ano, 14% menos do que em 2004. A arroba do boi tem diferença de R$ 16 entre os preços praticados no Rio Grande do Sul (R$ 53) e em Rondônia (R$ 37), segundo Fabiano Tito Rosa, da Scot Consultoria.
Em Rondônia, além da boa oferta de gado pronto, as vendas estão concentradas em apenas uma indústria frigorífica. Já no RS, a oferta é restrita, a pecuária perdeu espaço para os grãos, houve redução de investimentos, aumento de abate de fêmeas, o Estado exporta gado em pé e retomou as exportações de carne.
A demanda crescente por biocombustíveis deve estimular o crescimento da economia mundial, segundo Christopher Flavin, presidente do WorldWatch, instituto sediado em Washington (EUA). Até o final do ano, os Estados Unidos vão superar o Brasil e passar a liderar a produção mundial de biocombustíveis, disse Flavin à
Bloomberg.
Os produtores de café estão receosos quanto à liberação imediata do ‘drawback’ para o produto. Na avaliação de Maurício Miarelli, presidente do Conselho Nacional do Café, são necessários estudos que mostrem as vantagens e desvantagens do uso desse sistema para o café verde. ‘É preciso considerar a renda do produtor.’
O pacote agrícola agradou. Prova é que, em algumas das vezes em que o telefone do ministro Roberto Rodrigues tocou ontem, líderes rurais estavam do outro lado da linha. Na conversa, disseram ao ministro que houve avanço. Um item importante do pacote é a possibilidade de financiamento de máquinas usadas, diz o analista José Pitoli. O produtor vai conseguir dinheiro a longo prazo, e com taxa baixa, para pagar contas com as fornecedoras de insumos, que têm juros altos e de curto prazo.
A indústria de café solúvel também ficou feliz com o pacote. A extensão do drawback a todos os produtos agrícolas finalmente possibilitará a importação de café para a formação de blends, diz Mauro Malta. Os produtores do Sul e do Sudeste não gostaram da discriminação na prorrogação do custeio. No caso da soja, o Sul e o Sudeste ficaram com 50% e o Centro-Oeste, com 80%. ‘Eles tiveram ferrugem, mas nós tivemos seca’, diz Pitoli. Os produtores de algodão não gostaram do pacote.
Além de não-acatadas sugestões a graves problemas, não houve a liberação de defensivos genéricos nem a de sementes geneticamente modificadas, diz João Carlos Jacobsen, da Abrapa. A estimativa de aumento na safra brasileira de café continua mexendo com o mercado internacional. A previsão de aumento de 23% no volume brasileiro jogou os preços do café para US$ 0,98 por libra-peso, o menor em seis meses, segundo a Bloomberg. Termina no dia 31 deste mês o prazo para que os investidores da Fazendas Reunidas Boi Gordo se habilitem para receber seus créditos. O prazo foi fixado depois que sentença judicial foi publicada no ‘Diário da Justiça’ do Estado, no dia 11, segundo Fernando Tardioli. O preço do álcool voltou a subir nas usinas paulistas.
O Cepea apurou R$ 0,840 por litro para o hidratado, com alta de 0,29% na semana, e R$ 0,925 para o anidro -mais 0,06%. O café Orfeu, da Fazenda Sertãozinho, localizada em Botelhos (MG), classificou-se em primeiro lugar na ‘Late Harvest Competition’, na Suíça, competição que premia cafés em estágio avançado de maturação. O produto é comercializado no mercado interno desde o ano passado. Texto Anterior: Próximo Texto:
Fonte: Folha de São Paulo