Crise pode forçar nova renegociação das dívidas

20/05/2009 – Produtores rurais de várias regiões agrícolas, atingidos pela crise financeira mundial, estão sem capacidade econômica para aderir ao pacote de renegociação da dívida rural e temem represálias jurídicas pelos bancos.


O assunto chegou ao Congresso Nacional trazido pelo deputado federal Homero Pereira (PR-MT), que, afirma, irá iniciar por meio da Comissão da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Capadr) um novo processo de negociação com o governo federal.


Segundo ele, vários agricultores estão procurando por ele reclamando da incapacidade de cumprir as exigências bancárias para efetivar a operação de renegociação, da lei Lei n 11.775, de 17 de setembro de 2008. O estoque do passivo rural é de aproximadamente R$ 120 bilhões.


Os produtores não têm renda para assumir um refinanciamento no modelo atual proposto pelo governo. A crise financeira agravou o que já estava ruim. Não tem sequer capacidade de pegar crédito para refinanciar custeio atrasado, ressaltou o parlamentar.


Homero Pereira afirma que há saídas para ajudar os agricultores a quitar seus débitos. Uma das propostas sugeridas pelo deputado é a compensação de débitos com a preservação de florestas nas propriedades. Também sugere a compensação da dívida com União na recuperação de áreas desmatadas.


São propostas para serem construídas como alternativas possíveis de solucionar o problema do endividamento. A idéia é criar mecanismos de longo prazo porque apenas jogar o problema para frente como vem ano após ano e ineficaz. No governo de Fernando Henrique Cardoso, quando o estoque da dívida era menor foi criada a securitização, amenizou as contas. Já no governo Lula, ainda não tivemos uma política compatível ao setor, salienta Homero. As informações são da assessoria do deputado Homero Pereira.


 

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