Brasília (20.5.2009) – “Por meio do sistema de irrigação é possível diminuir 50% do uso de adubos e fertilizantes. A irrigação contribui para tornar a agricultura tropical mais competitiva”. A declaração é do consultor em Manejo de Sistemas Agrícolas Tropicais, José Roberto de Menezes, que apresentou o panorama da agricultura irrigada no Brasil em seminário sobre o tema, nesta quarta-feira (20), na Câmara dos Deputados. Ele informou ainda que o Brasil tem 8% da reserva de água doce da terra.
Segundo Menezes, a média de chuva no município de Juazeiro/BA é de 467 mm por ano; em Pelotas/RS, a precipitação média é de 1.363 mm e em Sapezal/MT, de 2.081 mm. “Precisamos saber armazenar melhor essa água da chuva”, enfatiza.
O aumento da produtividade também é um dos destaques da irrigação. No caso do feijão de sequeiro (sem irrigação) é de 500 quilos por hectare, no irrigado é de três mil quilos por hectare.
Crédito – O crédito para agricultura irrigada será abordado pelo diretor de Economia Agrícola do Ministério da Agricultura, Wilson Vaz Araújo, no painel das 16 horas desta terça-feira.
Seminário – O Seminário Nacional de Agricultura Irrigada e Desenvolvimento Sustentável segue até às 20 horas desta quarta-feira (20), com discussão dos temas a política de regulação e gestão do uso da água, os desafios ambientais e fortalecimento institucional.
Será debatido também o Projeto de Lei 6.381, de 2005, em tramitação no Congresso Nacional, que dispõe sobre a política nacional de irrigação e tem o objetivo de atualizar os fundamentos e instrumentos que norteiam a política para o desenvolvimento da agricultura irrigada no Brasil. O projeto de Lei modifica a Lei de Irrigação, Nº 6.662/ 1979. (Da Redação)