Café irrigado apresenta bons resultados em Jesuítas
O período prolongado de estiagem na Região Oeste do Paraná aumenta o pessimismo entre os cafeicultores e as perdas tidas como certas ganham projeções que chegam até a 30%, dependendo da região e porte da cultura. Mas uma técnica nova está garantindo bons resultados para alguns cafeicultores do município de Jesuítas.
A técnica de irrigação das lavouras de café é uma alternativa interessante em períodos de longa estiagem. O produtor de café Vitório Thomé, começou a irrigar sua plantação há três e não se arrepende de ter investido aproximadamente R$3 mil na tecnologia. Ele tem plantado em sua propriedade quatro mil pés e deve ter uma produção de um quilo por planta na próxima safra.
De acordo com o supervisor técnico da Copacol de Jesuítas Dirceu Claudino da Silva, somente na aparência das plantas já da para se ter uma idéia dos benefícios proporcionados pela irrigação. “São duas situações totalmente diferente, aqui os pés estão repletos de folhas e frutos. Não temos duvida que vamos ter uma boa produtividade”, disse.
Segundo Dirceu foram plantadas na propriedade duas variedades de café. A IAPAR 59 (frutos vermelhos ao madurar) e a IAPAR 99 (frutos amarelos).
O sistema utilizado na propriedade de Vitório Thomé é o de gotejamento. Comparada a outras tecnologias, esta tem baixo custo de instalação, serve para lavouras pequenas ( até 10 hectares) em qualquer tipo de solo, declíveis em até 30% e regiões de baixa disponilidade de água. A área de plantio de café do senhor Vitório é de seis mil metros quadrados, puco mais que meio hectare.
Na propriedade o agricultor ainda tem dois aviários e 34 alqueires de terra mecanizada. “o segredo para ter uma irrigação é ficar atento as condições climáticas. Nesta época de seca diariamente inicio a irrigação por volta das 17h00min até as 11h00min. Isso da uma média de cinco litros de água por planta irrigada por hora”, completou o produtor. A água utilizada para a irrigação é oriunda de um córrego existente na propriedade.
Comparação
Acompanhando do supervisor Dirceu, o Jornal Integração esteve numa outra lavoura de café que foi plantada no mesmo dia que a do senhor Francisco Vitório. A diferença entre as duas plantações é visível. Nos pés não irrigados, por causa da falta de água, boa parte das folhas caiu e outras estão murchando.
Mas para conseguir esses resultados é preciso de aproximadamente seis mil reais por hectare. Mas além da irrigação é preciso também tomar outros cuidados, adubação do solo, aplicação de defensivos e limpeza das ruas.
Quebra Safra
A safra 2009 de café já iniciou em Jesuítas, a previsão para esse ano era de colher 9 mil sacas. Mas com a estiagem por enquanto não há como fazer uma previsão concreta, mas em algumas lavouras onde a seca foi mais forte as perdas já chegaram à casa de 50%.
Os interessados em conhecer as técnicas de produção do café irrigado devem entrar em contato com seu engenheiro agrônomo, ou no Detec da Copacol de Jesuítas.