Nesta semana curta para o mercado físico de café devido ao feriado nacional do último dia 21, as bolsas de futuro trabalharam em alta, recuperando parte das perdas da semana anterior. Os preços no físico brasileiro permaneceram praticamente estáveis, apesar do interesse maior por parte dos compradores. “Nos três dias úteis em que operou, o mercado apresentou um volume maior de negócios fechados, com diversos cafeicultores fazendo ‘caixa’ para o início dos trabalhos de colheita”, analisou o Escritório Carvalhaes, em boletim semanal sobre o desempenho do mercado.
O diretor executivo da OIC (Organização Internacional do Café), Nestor Osório, disse, esta semana, à Dow Jones, que, apesar da crise financeira internacional, o consumo global de café não mostra sinais de retração e a OIC não descarta a possibilidade do mercado manter o ritmo de crescimento em torno de 2,5%, como registrado nos últimos anos. Segundo Osório, é bem provável que, neste ano, o consumo fique em pelo menos 130 milhões de sacas.
A publicação mensal do Escritório Carvalhaes revelou, ainda, que o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, informou que o Governo fará, em breve, leilões de opções de venda para três milhões de sacas de 60 kg de café. O preço de referência proposto pelo Ministério da Agricultura é de R$ 300 por saca.