Após viagem a Portugal surge a primeira operadora brasileira de turismo rural

4 de abril de 2009 | Sem comentários Especiais Mais Café
Por: 03/04/2009 12:04:11 - Mercado & Eventos

O turismo rural tem crescido muito no Brasil. Segundo estimativa da Associação Brasileira de Turismo Rural (Abraturr), em 1994 havia cerca de 400 empreendimentos rurais com atrativo turístico. Em 2008, já seriam cerca de 15 mil. Uma das mais recentes novidades deste mercado foi o lançamento, em março, da primeira operadora especializada em turismo rural do Brasil, a Brasil Rural, que nasceu depois de uma viagem de 16 empresários brasileiros ao Norte de Portugal.


A viagem aconteceu este ano, no projeto Benchmarking em Turismo – Experiências Internacionais, uma parceria entre Sebrae, Braztoa, Embratur e Ministério do Turismo.


“Eu trabalho há muitos anos com turismo rural e sempre tive vontade de ter uma operadora. Em Portugal, tive a oportunidade de conhecer uma operadora portuguesa. Pude perceber na viagem que o Brasil tem grande potencial turístico no setor. Precisamos apenas nos profissionalizarmos”, disse à Agência Sebrae de Notícias Andréia Arantes, uma das criadoras da Brasil Rural.


A operadora nasceu com quatro produtos específicos que têm como compromisso expressar a qualidade de vida e respeito à natureza. “Queremos promover múltiplas experiências rurais no Brasil, com roteiros em 16 Estados brasileiros e em países como Portugal e Colômbia. Já estão prontos para começar a operar 13 roteiros no Brasil, fora os pacotes especiais, customizados, que podem ser contratados pelos clientes”, diz Andréia.


Os produtos se dividem em duas categorias. A primeira, “Experiências”, é constituída por momentos exclusivos – para indivíduos ou pequenos grupos – em que são propostas atividades como modelar o barro, fazer bonecas ou objetos em palha de milho ou participar de um piquenique à beira do rio. O “Piquenique na Serra da Mantiqueira”, por exemplo, custa R$ 95, com seguro incluído.


A segunda categoria, “Roteiros”, subdivide-se em “Naturais” e “Natureza e Aventura”, e contam com um número mínimo de participantes. A idéia é conhecer engenhos, pequenos sítios, quintas e haciendas para presenciar a produção do café, cana-de-açúcar, alimentos orgânicos, fazer cavalgadas e escaladas nas serras e montanhas, praticar arquearia e fazer passeios de bicicleta ou caminhadas.


Apesar do crescimento da oferta, o setor não vem atravessando uma boa fase, segundo o presidente da Abraturr, Carlos Solera. Proprietário de um empreendimento rural em Santa Catarina, ele recebeu apenas um grupo estrangeiro nos primeiros três meses deste ano.


“Tínhamos uma média de três grupos por mês”, disse. Solera atribui a diminuição da procura a dois fatores: crise econômica mundial, que afastou os estrangeiros, e o gargalo da comercialização com as agências de turismo.


 

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