Bovespa sobe com as commodities

Por: JORNAL DO COMMERCIO - PE

A forte recuperação dos preços das commodities (matérias-primas) ajudou a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) a descolar da Bolsa de Nova Iorque, onde os investidores optaram por embolsar os fortes ganhos dos últimos dias. As ações da Vale e da Petrobras, principalmente, puxaram a Bolsa brasileira, que emendou seu terceiro dia de alta.

O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, teve alta de 0,78% e atingiu os 40.453 pontos. O giro financeiro da Bolsa foi de R$ 4,73 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova Iorque fechou em retração de 1,15%. A ação preferencial da Vale teve alta de 1,26%, enquanto a ação de mesmo tipo da Petrobras disparou 3,35%. Juntos, os dois papéis foram alvo de negócios da ordem de R$ 1,5 bilhão.


Investidores tiraram alguns dias de trégua da crise, animados com as perspectivas de que os bancos dos EUA e da Europa mais avariados pela crise financeira apresentem resultados positivos ainda neste primeiro trimestre. O anúncio do Federal Reserve (banco central dos EUA) também ajudou a melhorar o humor, com a sua disposição em aplicar mais de US$ 1 trilhão para ressuscitar o sistema financeiro americano.


O lado real da economia, no entanto, continua a assombrar o cenário. Ontem, o FMI anunciou sua projeção para o crescimento da economia mundial, onde projeta uma contração de 0,5% e 1%. Se confirmada, será a primeira recessão global em 60 anos. Para 2010, o organismo internacional estima um crescimento entre 1,5% e 2,5%.


As Bolsas europeias fecharam em alta. Os papéis do setor bancário subiram, com a expectativa dos investidores sobre o efeitos que a ajuda anunciada pelo Fed trará na economia. A Bolsa de Londres fechou em alta de 0,31% no índice FTSE 100, ficando com 3.816,93 pontos, a Bolsa de Paris subiu 0,60% no índice CAC 40, para 2.776,99 pontos, a Bolsa de Frankfurt teve alta de 1,18% no índice DAX, fechando com 4.043,46 pontos.



DÓLAR


As corretoras de moeda trocaram o dólar comercial por R$ 2,249 na conclusão dos negócios ontem. O valor é 0,08% menor que a cotação da quarta-feira. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi negociado por R$ 2,370, em declínio de 2,46%. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 2,225 e R$ 2,264, mantendo-se em baixa na maior parte do tempo, com uma oscilação mais brusca somente na última hora de operações. Para explicar o recuo das taxas de câmbio, que desde o início do mês caíram 5,15%, profissionais de mercado também apontam a desmontagem de aplicações no mercado futuro de dólar. Grandes investidores estrangeiros, que mantinham contratos em que ganhavam com a alta do dólar, começaram a sair dessas posições, sem vislumbrar uma valorização maior da moeda americana frente ao real. Desde o último dia 4, a taxa de câmbio perdeu o patamar de R$ 2,40 e há quatro dias encerra abaixo de R$ 2,30.

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