CONFIRA O QUE DISSERAM ALGUMAS LIDERANÇAS DURANTE O SOS CAFEICULTURA
Com o centro da cidade de Varginha tomado por mais de 25 mil pessoas que aderiram ao “Movimento SOS Cafeicultura”, vários políticos e lideranças se revezaram ao microfone, reafirmando o compromisso de representação política da cafeicultura. Leia, abaixo, a fala de algumas dessas lideranças.
Gilson Ximenes
, presidente do CNC (Conselho Nacional do Café)
“A solução é transformar a dívida de cerca de R$ 5 bilhões em sacas de café. Não queremos alongar a dívida, a proposta é transformar em produto e entregar ao governo ao longo de 20 anos. Caso Lula não resolva os problemas da cafeicultura, a solução será entrar na Justiça contra o Governo Federal”.
Deputado federal Ronaldo Caiado
(DEM-GO)
“Ou o governo entende essa crise ou pretendemos obstruir todas as votações no Senado e na Câmara até que haja uma definição para esta justa reivindicação”.
Deputado federal Rodrigo Maia
, presidente nacional do DEM
“O governo, o ministro Guido Mantega (Fazenda), precisa explicar porque o Banco do Brasil pode dar R$ 4 bilhões ao Banco Votorantin, um banco privado, e não pode atender os milhares de produtores que estão gerando emprego e promovendo a economia deste país”.
Deputado federal Carlos Melles
, presidente da Frente Parlamentar do Café e do DEM em Minas Gerais
“O governo desmerece o sinal emitido pelas regiões cafeeiras. O SOS não é um nome ao acaso. O SOS é um sinal que identifica situação de perigo, é um pedido de socorro, qualquer um entende. No dia 10 de dezembro de 2008, a Audiência Pública SOS Café havia enviado ao governo uma série de medidas para solucionar a crise no setor cafeeiro, entre as quais a conversão das dívidas em produto e o leilão de opções. Os deputados, com o CNC e a Comissão Nacional do Café da CNA fizeram uma vigília em Brasília no final de ano e não houve uma decisão que atendesse o setor”.
“Não é nossa vocação sair em praça pública exigindo nossos direitos. Nossa vocação é plantar, é produzir, então, quando se vê essa enorme paralisação de produtores e trabalhadores, o governo pode acordar porque a situação é gravíssima. As bases estão fortalecendo sua representação política e legitimando de uma vez por todas o processo”.
“O movimento não é contra ninguém, é a favor do Brasil. Quando o café vai bem, nossas cidades vão bem. A nosso pedido, estão auditando as contas do setor. Estamos nos humilhando porque queremos mostrar nossa transparência e agonia para buscar uma solução”.
Deputado federal Mário Heringer (PDT), coordenador da bancada de Minas Gerais
“O Banco do Brasil deveria ser um banco de fomento, mas é o banco do tormento”.
Deputado federal Marcos Montes
(DEM-MG), ex-presidente da Comissão de Agricultura e atual presidente da Bancada Ambientalista da Câmara
“Critico as ‘portas fechadas’ do governo federal. Apenas o Ministério da Agricultura recebe os produtores. Somos oposição ao governo, mas aplaudimos projetos que dão certo, como a política de transferência de renda. Respeitamos programas sociais como o Bolsa-Família. Mas aqui não queremos transferência de renda, queremos criar renda para nossas famílias e os trabalhadores rurais”.
Gilman Viana
, secretário da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais
“O governador Aécio Neves já conversou com o ministro Guido Mantega e ele vai intermediar o encontro entre os produtores e o Presidente Lula. Na democracia, quem se organiza dá a ordem. E, organizados, vamos dar as cartas para a cafeicultura do Brasil”.
João Sampaio
, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
“Vim a Varginha trazer o apoio do governador José Serra (PSDB). São Paulo é o que é devido à cafeicultura, aos cafeicultores. Contem conosco para tentar conseguir melhoria de renda, de emprego”.