13. É seguro investir em ações nesse período?
Sim. Diante da crise, os analistas não se arriscam a prever uma data para o fim da oscilação das bolsas, embora muitos apostem que ela se estenderá por boa parte de 2008. Isso não significa, no entanto, que a bolsa transformou-se da noite para o dia em território restrito a grandes jogadores e alguns poucos entendidos, como já foi um dia. Mesmo com as turbulências, segue sendo seguro investir no mercado de ações – mas, mais do que nunca, deve se esperar retorno a longo prazo, quando os efeitos mais graves da crise já tiverem passado e o mercado recuperar a tendência de alta. Em 2007, mesmo com momentos de fortes perdas, o índice Bovespa, principal da Bolsa de Valores de São Paulo, registrou valorização de 43,6%. No futuro próximo, a turbulência pode reduzir um pouco esses ganhos – mas eles deverão se manter acima de outros investimentos. Outro argumento dos analistas para manter os investimentos: a bolsa brasileira está barata em termos internacionais. Para quem já tem dinheiro em papéis, o mais importante é não sair – a regra é ter cautela, já que voltar para o mercado depois, em épocas de alta, pode sair muito mais caro. Recomenda-se também que o investidor fique de olho nas pechinchas que surgem com a crise. Neste cenário, muitos estrangeiros vendem ações de empresas saudáveis e derrubam sua cotação. A longo prazo porém, elas podem se valorizar e beneficiar quem comprou-as na baixa. Diversificar as apostas também é indicado para tempos de bolsa volátil – eventuais perdas com uma companhia podem ser compensadas com ganhos em outras. Por fim, o investidor da bolsa deve avaliar o desempenho de sua aplicação em particular: a variação das ações que estão no fundo escolhido não vai ser necessariamente igual à do Ibovespa, que segue as 64 ações mais negociadas nos pregões da bolsa. Para se ter uma idéia, no início de 2008, já havia cerca de 450 empresas com papéis na Bovespa. |