Exportações brasileiras em 2024 chegou a 36,4 milhões de sacas

Crescimento representa 39% em relação ao mesmo período do ano passado

15 de outubro de 2024 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

Por Rabobank

Em setembro, o Brasil exportou 4,5 milhões de sacas de 60 kg, um volume recorde para o mês. Com isso, o total de exportações brasileiras em 2024 chegou a 36,4 milhões de sacas, um crescimento de 39% em relação ao mesmo período do ano passado.

Apesar desse desempenho excelente, o relatório do Cecafé destaca a continuidade dos  problemas logísticos enfrentados pelo setor, devido à falta de espaço nos portos brasileiros  e à maior demanda por contêineres, especialmente para commodities como café, açúcar e  algodão. O relatório também aponta que, devido a esses gargalos, o país deixou de  exportar 2 milhões de sacas. 

Vale destacar a continuidade das excelentes exportações de café canéfora (conilon e  robusta) em 2024, com 912 mil sacas exportadas em setembro, totalizando 7 milhões de  sacas no ano, um aumento de 170% em relação ao mesmo período do ano passado. 

Em outubro, a relação de troca melhorou para o produtor, sendo necessárias 1,6 sacas de  café para comprar 1 tonelada de fertilizante (blend 20-05-20). Isso representa uma queda  de 3,5% em relação ao mês passado e de 45% em relação ao mesmo período do ano  passado.

Apesar da recente alta nos preços da ureia, impulsionada pelo ataque iraniano em  Israel, os preços do cloreto de potássio continuaram caindo, atingindo o menor patamar do  ano, equilibrando os custos de adubação. Além disso, os preços do café seguem elevados,  ajudando na relação de troca. 

Em setembro, os preços do café continuaram a valorizar no Brasil. O café arábica atingiu,  em média, BRL 1.459 por saca de 60 kg, uma alta de 49% em relação ao ano anterior. Já o  conilon atingiu, em média, BRL 1.497 por saca, um crescimento de 87% em relação ao ano  anterior, superando os preços do arábica, algo visto apenas em 2016, quando o país sofreu  uma quebra de safra de café conilon.

Em outubro, os preços continuam oscilando, com o  arábica se recuperando em relação ao conilon. Um efeito dessas mudanças de preço é que  as torrefadoras locais devem aumentar significativamente o uso de arábica em seus blends.

 O potencial adiamento em 12 meses para a implementação da EUDR (para dezembro de  2025) e as chuvas previstas (e que já começaram a ocorrer) no Brasil podem limitar os  preços do café. No entanto, o cenário atual de preocupações relacionadas aos conflitos no  Mar Vermelho, as próximas colheitas brasileira e vietnamita, dadas as adversidades  climáticas, e a oferta global apertada ainda são fatores que sustentam os preços do café. 

Setembro permaneceu seco nas principais regiões produtoras de café. As regiões  produtoras de café robusta receberam algum volume de chuva, mas ainda abaixo da  média histórica. Na última semana, chuvas ocorreram nas principais regiões produtoras de  café, mas é necessário que continuem para melhorar a situação.

A realidade é que o longo  período seco e as temperaturas elevadas preocupam quanto ao potencial para a próxima  safra brasileira 2025/26. Para as próximas semanas, são previstas mais chuvas nas regiões  produtoras de café. Será muito importante monitorar as chuvas, assim como a reação das  lavouras. 

Confira o material na íntegra clicando aqui. 

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