MERCADO DE CAFÉ
Santos, 14 de outubro de 2024 – segunda-feira
A semana começou com fortes altas para as cotações do café. Os contratos de arábica na ICE Futures US e os de robusta na ICE Europe trabalharam com altas expressivas por todo o dia. Estoques baixos tanto nos países consumidores como nos produtores, consumo em alta e problemas climáticos seguidos, derrubando a produção global de café, contribuem com a sustentação dos preços neste período de chegada de chuvas, que, após um longo período de seca, aproximadamente seis meses, finalmente começaram a cair sobre os cafezais brasileiros. </code></pre></li>
A chegada das chuvas, ansiosamente aguardadas pelos cafeicultores brasileiros, estavam previstas desde o final do mês passado, e, em nossa opinião, não mudam os fundamentos do mercado, que continuam os mesmos, mas trazem mais dúvidas e incertezas aos operadores, contribuindo assim com o intenso sobe e desce das cotações do café em Nova Iorque e Londres.
As manchetes dos principais meios de comunicação, confirmam diariamente, que as incertezas climáticas se sucedem, são globais, sem sinais de normalização à vista.
O forte aumento do consumo mundial de café nestas primeiras décadas do século 21, ao mesmo tempo que eventos climáticos, a cada ano mais severos, diminuem a produção dos principais países produtores, derrubaram os estoques mundiais de café, sem perspectivas de recomposição nos próximos anos.
Repetimos que as chuvas que começaram a cair sobre os cafezais brasileiros nesta semana, estão atrasadas e são essenciais para a formação das próximas safras brasileiras de café 2025/2026 e 2026/2027. Quando essas chuvas começarem a cair de forma regular sobre nossas lavouras de café, deverão diminuir o ritmo dos estragos, mas não recuperarão o muito que já foi perdido. É certo que já existem danos, e não são pequenos, na formação da próxima safra brasileira de café 2025. A partir do início do período chuvoso, será preciso acompanhar o ciclo das chuvas e as temperaturas médias no decorrer da primavera e verão, para então, a partir de março de 2025, nossos agrônomos avaliarem, com segurança maior, o tamanho das perdas na produção brasileira de café em 2025.
Hoje, os contratos de arábica para dezembro próximo na ICE Futures US, oscilaram 1.235 pontos entre a máxima e a mínima, romperam novamente a barreira dos US$ 2,6000, batendo na máxima do dia em US$ 2,6265 por libra peso, em alta de 1060 pontos. Fecharam o pregão valendo US$ 2,6205 por libra peso, em alta de 1.000 pontos. No balanço da semana passada recuaram 530 pontos. Esses contratos caíram 1.180 pontos na semana anterior à passada.
Os contratos de arábica, com vencimentos em março de 2025 na ICE americana, bateram hoje em US$ 2,6115 na máxima do dia, e fecharam valendo US$ 2,6055 em alta de 980 pontos.
Na ICE Europe, em Londres, os contratos de robusta para janeiro, bateram em 4.854 dólares na máxima do dia, em alta de 176 dólares. Terminaram o pregão a US$ 4.843 por tonelada, com ganhos de 165 dólares. Recuaram na semana passada 181 dólares e na semana anterior à passada, somaram perdas de 344 dólares.
Os estoques de cafés certificados na ICE subiram hoje 8.076 sacas. Fecharam o dia em 823.163 sacas. Há um ano eram de 440.773 sacas. Subiram neste período 382.390 sacas. Na semana passada somaram alta de 10.511 sacas. Na semana anterior à passada, esses estoques caíram 13.607 sacas e na semana anterior à passada diminuíram 20.353 sacas. No mês de setembro recuaram 33.874 sacas. No mês de agosto subiram 32.949 sacas e no mês de julho 7.530 sacas.
O dólar encerrou o dia a R$ 5,5830 em queda de 0,59 %. Encerrou a sexta-feira passada a R$ 5,6160 e a sexta-feira anterior à passada a R$ 5,4560.
Em reais por saca, os contratos para dezembro próximo em Nova Iorque, fecharam o pregão hoje valendo R$ 1.935,29. Fecharam a sexta-feira a R$ 1.872,44 e a sexta-feira anterior à passada a R$ 1.857,35.
No mercado físico brasileiro, com os contratos de café em Nova Iorque e Londres trabalhando em alta forte, os compradores aumentaram o valor de suas ofertas, mas proporcionalmente menos que as altas em NY. Saíram negócios, mas o número de cafeicultores interessados em fechar negócios não foi grande. As ofertas continuam com deságios bem superiores aos deságios usuais ante as cotações na ICE em Nova Iorque.
Nesta semana as instabilidades mais intensas seguem bastante atuantes sobre a metade norte do Brasil e estão previstos volumes mais expressivos de precipitação entre os Centro-Oeste, Norte e fronteira agrícola do Matopiba. São esperados volumes de precipitação superiores a 70 mm em áreas produtoras de Rondônia e de algumas áreas do centro e oeste da Bahia. Já no sul da Bahia, Espírito Santo e cerrado Mineiro, as chuvas tendem a ser mais isoladas e com volumes moderados. Enquanto entre a Mogiana Paulista e o sul de Minas Gerais, nesta semana, as condições para chuva são menores. Com aumento das chuvas no interior do Brasil o calor segue reduzindo em relação às últimas semanas. A partir do final de semana com avanço de um novo sistema pelo centro-sul do País, a umidade volta a migrar para esta área e são esperados maiores volumes de precipitação sobre áreas produtoras de café do Paraná, São Paulo e Minas Gerais, especialmente no Cerrado, onde algumas localidades podem registrar volume superiores a 100mm em 5 dias. Volumes moderados devem atingir também Rondônia, enquanto entre Bahia e Espírito Santo, as instabilidades devem atuar de forma mais esparsa (CLIMATEMPO).
Selecionamos e colocamos diariamente em nosso site notícias e informações sobre o mercado do café.
FECHAMENTO DA BOLSA DE NEW YORK: 14/10/2024
DEZEMBRO/24 262,05 +1000
MARÇO/25 260,55 +980
MAIO/25 258,50 +960
JULHO/25 255,30 +905
SETEMBRO/25 251,35 +830
DEZEMBRO/24 245,55 +755
Saudações,
Escritório Carvalhaes
www.carvalhaes.com.br