A novidade agradou ao público e, já no lançamento, o clube ganhou 19 membros de Minas Gerais e do Espírito Santo
A história do café produzido no Sítio Fonseca, em Paula Cândido, ganhou novos rumos quando Gláucia Duarte decidiu investir na cafeicultura junto ao marido, Alexandre Duarte. Ela, que atua desde a lavoura até a comercialização, com especial atenção à gestão do negócio, iniciou, este ano, uma nova maneira de vender o produto: um clube de compras por assinatura.
Por seis meses, os amantes de café recebem, em suas casas, uma caixa com dois pacotes de café: o café especial Fons, com notas de chocolate e caramelo, e um microlote diferente a cada mês. “Quem gosta de café tem a oportunidade de conhecer e experimentar novos sensoriais dos lotes exclusivos de cafés especiais do nosso sítio”, afirmou Gláucia.
A produtora contou que a ideia surgiu da sua experiência pessoal como assinante de um clube de vinhos. A iniciativa de oferecer a mesma comodidade aos seus clientes chamou atenção de Gláucia, e assim nasceu o Fons Café Prime. “A assinatura também é uma forma de garantir uma renda mensal, principalmente para os meses em que o mercado está menos aquecido”, pontuou.
A novidade agradou ao público e, já no lançamento, o clube ganhou 19 membros de Minas Gerais e do Espírito Santo. As vendas acontecem pela internet e segundo a produtora o retorno tem sido positivo. “As pessoas estão muito satisfeitas. Junto com os cafés elas recebem todas as informações sobre o produto e processo de produção, suas características sensoriais e rastreabilidade”.
Uma nova visão para a cafeicultura com o ATeG Café+Forte
O olhar diferenciado para a cafeicultura e para o mercado de cafés especiais é fruto da participação da família de Gláucia no programa de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG Café+Forte do Sistema Faemg Senar. A produtora explica que o acompanhamento foi essencial para a estruturação do negócio e da marca. “Existe um sítio e uma família antes e depois ATeG. Hoje trabalhamos com planejamento e vimos os resultados ao longo desses quatro anos”, comentou.
O técnico de campo Laio Almeida reforça que a atenção à gestão foi a base da evolução da propriedade. Para ele, o trabalho do casal “é um modelo de como a organização e o planejamento transformam a propriedade”.
Gláucia, que iniciou o trabalho na atividade junto com o ATeG é a responsável pela gestão, enquanto o marido Alexandre usa a experiência herdada do pai para cuidar das questões operacionais. “O trabalho de gestão nos orienta e abre a nossa cabeça para entender o processo e saber onde devemos investir e onde é possível economizar”, afirmou.
“A dedicação de cada um trouxe ânimo novo, e aumentou o potencial da propriedade, inclusive com o investimento nos cafés especiais”, pontuou o técnico. Para se inteirar mais sobre a atividade, a produtora também fez cursos de Pós-colheita, Poda de café, Classificação e Degustação de Café, Torra, e gestão oferecidos pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Paula Cândido. “Os cursos do Sistema Faemg Senar criaram a minha base e me ajudaram a compreender o que é a cafeicultura”.
Constante evolução
O técnico de campo do ATeG afirma que a propriedade está em pleno desenvolvimento e que a produtividade, que já chegou a 700 sacas, tem muito a melhorar com o planejamento e empenho dos produtores. Sobre o clube de assinaturas, Laio acredita que “é uma oportunidade de mostrar o produto, fidelizar clientes e ter uma fonte de renda importante para a família. É uma alternativa muito boa”.
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