Fotos registram o ciclo dourado do café, do plantio até a mesa do brasileiro

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Os grãos de café já foram moedas preciosas no Brasil. Por longo tempo, o grão foi o principal produto gerador de riquezas e a cultura contribuiu para o modelo de colonização de pequenas e médias propriedades agrícolas.

O poder econômico do café era visto principalmente em São Paulo e Paraná, onde teve o auge na década de 50 até o início dos anos 60. Esse período da história nacional está retratado na exposição “Moendo café”.

A mostra será aberta nesta quarta-feira, às 14h30, no Teatro Calil Haddad (Avenida Doutor Luiz Teixeira Mendes, 2.500). O público terá acesso ao acervo até o dia 26 de outubro. A entrada é franca.

A exposição foi trazida pela Secretaria de Estado da Cultura e pelo Museu da Imagem e do Som (MIS), em parceria com a Prefeitura de Maringá.

“São 21 fotografias de grande qualidade plástica, que vieram parar em nossas mãos sem identificação de fotógrafo e data. Nem por isso deixamos de considerar a importância histórica e a relevância das imagens”, explica a diretora do MIS, Stefanie Freiberger.

Para Stefanie, a pessoa que realizou as imagens não as fez apenas como registro. Há uma preocupação com contraste, luz e sombra.

“São muito interessantes, comove-nos não saber quem é o autor, mas acreditamos que, independentemente de serem anônimas ou não, elas devem vir ao conhecimento do público. É importante não ficarmos só em nossa sede (em Curitiba) e levarmos ao maior número possível de pessoas. Todo o Estado tem o direito de acesso e queremos propiciar esse contato”, destaca.

As imagens selecionadas são apenas uma parte do acervo total sobre o tema, disponível no museu há mais de 20 anos. Mostram desde o plantio do café até o preparo do tradicional cafezinho, ritual sagrado para muitos brasileiros.

O título da exposição foi inspirado em uma canção mexicana de mesmo nome, sucesso gravado em 1961 por Poli e seu conjunto.