Cafeína e álcool nas mesas dos bares do Rio

4 de agosto de 2008 | Sem comentários Cafeteria Consumo
Por: 03/08/2008 22:08:51 - JB Online

Jornal do Brasil



RIO – A controversa mistura de álcool e energético – apesar de não ser recomendada na embalagem do produto – além de ser bastante requisitada pelos jovens, faz parte do cardápio de diversos bares e casas noturnas do Rio – conforme mostrou ontem o JB.


A Red Bull Brasil, que comercializa o energético Red Bull no país – um dos mais consumidos nos locais por onde a reportagem passou – admite que os jovens têm ingerido o produto de forma incorreta e ressalta que não há estudos conclusivos sobre os malefícios causados pela associação da bebida com o álcool.


Em nota, o Red Bull negou que faça propaganda do produto nas casas noturnas ou que as patrocine. As logomarcas existentes nas boates são, segundo a empresa, “materiais promocionais”, e não incentivam a mistura com o álcool.


No cardápio de locais como o Boteco São Roque, no Leblon, e da boate Hideway, em Laranjeiras, constam diversos drinks oferecendo a mistura.


Segundo a empresa, “parte das casas noturnas a iniciativa de sugerir a mistura de energético com o álcool”. Lembra, ainda, que o Red Bull patrocina vários atletas e eventos ligados à prática esportiva “que demonstram a melhor ocasião para se consumir o produto”.


– Vale ressaltar que a única substância nociva nessa mistura é o álcool e não os componentes do energético – argumentou a empresa. – Aliás os componentes de Red Bull são consumidos habitualmente através da alimentação.


Cafeína com moderação


Segundo a empresa, o produto proporciona uma disposição ou vigor que não difere muito e não é superior à proporcionada pelo consumo de café.


“Alterações psíquicas não se associam ao consumo de bebidas energéticas, mas ao consumo cada vez mais freqüente na noite de tabaco, álcool e drogas ilícitas”, acrescenta a companhia.


A fabricante informou também que estudos entre a combinação de álcool com cafeína têm sido conduzidos desde 2000 e a substância demonstrou ser ineficiente no combate ao efeitos depressores do álcool no sistema nervoso, de acordo com a empresa. Médicos, no entanto, destacam que a avaliação varia de país para país.


Na Dinamarca, os produtos são considerados medicamento e só vendidos em farmácias. O próprio energético afirma, no rótulo, que “não é recomendado o consumo com bebida alcoólica”.


Domingo, o Jornal do Brasil mostrou a mistura de energético com álcool como o combustível que rege as noites dos jovens do Rio.


Segundo especialistas ouvidos pelo JB, a mistura causa riscos de problemas cardíacos porque o etanol obstrui vasos sanguíneos enquanto a cafeína faz o sangue circular mais.


Em algumas boates visitadas pela reportagem, alguns jovens admitiram ingerir até seis doses do produto numa noite. Para eles, o energético suaviza o sabor de algumas bebidas alcoólicas e ajuda a tirar o sono.


 

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