A trajetória percorrida pelos produtores integrantes do selo Café do Cerrado foi um dos temas apresentados no evento Agronegócios e Inovação, realizado pelo Sebrae Nacional, nesta semana em Brasília (DF). O assunto foi abordado pelo empresário José Augusto Rizental. Processos de certificações de qualidade, de produto, de procedência, entre outras, ainda são bastante desconhecidas no país, apesar de serem verdadeiros passaportes para assegurar mercados.
Rizental apresentou as várias etapas que tiveram de ser transcorridas para o Café do Cerrado chegar à Indicação Geográfica (IG), uma das mais importantes certificações para o mercado mundial. A saga para consegui-la passou por: demarcação do território, via geoprocessamento, utilizando satélites; catalogação de suas características específicas (clima, solo, altitude, luminosidade); entre outros. Essa região está situada à noroeste do estado de Minas Gerais, abrangendo o Triângulo Mineiro. É composta por 55 municípios e equivale a 155 mil hectares, onde há cerca de quatro mil propriedades.
Essa área é responsável por um quarto da produção do estado mineiro, o maior produtor de café do país. Todas as fazendas produtoras de café dessa região tiveram de ser georeferenciadas. Foi criado o Sistema Caccer, que reúne seis associações e oito cooperativas de produtores. Protocolos foram desenvolvidos e aplicados às fazendas que participam do processo de IG. “O controle de procedência, de certificação das fazendas e do produto, marketing, são feitos pela Caccer”, explicou Rizental.
Os atributos sensoriais do café dessa região são diferenciados e únicos, comparados com grãos de outras regiões do mundo. São eles: aroma intenso, que tem gotas entre caramelo e nozes; corpo moderado e encorpado; e sabor adocicado com predominância achocolatado.
“Quanto mais indicação de procedência tivermos no Brasil, será melhor para nós”, adiantou o empresário. “Começamos a correr atrás da certificação do Café do Cerrado em 1995. Naquela época, o Inpi não estava preparado e demorou dez anos para sair”, revelou Rizental.
A IG é uma ferramenta contra a pirataria. “Já há pirataria do café do cerrado. A IG por si só, não é suficiente”, acrescentou. Por esse motivo, os protocolos e exigências aumentam ano a ano. As fazendas participantes do selo Café do Cerrado são classificadas entre uma e quatro estrelas, devem seguir código de conduta, que varia conforme o nível. Para a propriedade de uma estrela, por exemplo, existem de 17 a 35 itens a serem seguidos.
O próximo desafio é conseguir a Denominação de Origem, outra certificação em nível mundial, que já está sendo encaminhada pela Caccer, com apoio do Sebrae. Outro selo importante para identificar cafés de altíssima qualidade nacional e internacional é o “Cafés Sustentáveis do Brasil”, segundo Rizental.
Nesse caso, as torrefações têm de seguir protocolos especiais e devem utilizar, no mínimo, 60% de grãos aprovados pela Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic). Resumindo: quanto mais selos e certificações o café tiver em sua embalagem, é sinal de que o consumidor está comprando um melhor produto.
A reportagem é de Vanessa Brito, da Agência Sebrae de Notícias.
A trajetória percorrida pelos produtores integrantes do selo Café do Cerrado foi um dos temas apresentados no evento Agronegócios e Inovação, realizado pelo Sebrae Nacional, nesta semana em Brasília (DF). O assunto foi abordado pelo empresário José Augusto Rizental. Processos de certificações de qualidade, de produto, de procedência, entre outras, ainda são bastante desconhecidas no país, apesar de serem verdadeiros passaportes para assegurar mercados.
Rizental apresentou as várias etapas que tiveram de ser transcorridas para o Café do Cerrado chegar à Indicação Geográfica (IG), uma das mais importantes certificações para o mercado mundial. A saga para consegui-la passou por: demarcação do território, via geoprocessamento, utilizando satélites; catalogação de suas características específicas (clima, solo, altitude, luminosidade); entre outros. Essa região está situada à noroeste do estado de Minas Gerais, abrangendo o Triângulo Mineiro. É composta por 55 municípios e equivale a 155 mil hectares, onde há cerca de quatro mil propriedades.
Essa área é responsável por um quarto da produção do estado mineiro, o maior produtor de café do país. Todas as fazendas produtoras de café dessa região tiveram de ser georeferenciadas. Foi criado o Sistema Caccer, que reúne seis associações e oito cooperativas de produtores. Protocolos foram desenvolvidos e aplicados às fazendas que participam do processo de IG. “O controle de procedência, de certificação das fazendas e do produto, marketing, são feitos pela Caccer”, explicou Rizental.
Os atributos sensoriais do café dessa região são diferenciados e únicos, comparados com grãos de outras regiões do mundo. São eles: aroma intenso, que tem gotas entre caramelo e nozes; corpo moderado e encorpado; e sabor adocicado com predominância achocolatado.
“Quanto mais indicação de procedência tivermos no Brasil, será melhor para nós”, adiantou o empresário. “Começamos a correr atrás da certificação do Café do Cerrado em 1995. Naquela época, o Inpi não estava preparado e demorou dez anos para sair”, revelou Rizental.
A IG é uma ferramenta contra a pirataria. “Já há pirataria do café do cerrado. A IG por si só, não é suficiente”, acrescentou. Por esse motivo, os protocolos e exigências aumentam ano a ano. As fazendas participantes do selo Café do Cerrado são classificadas entre uma e quatro estrelas, devem seguir código de conduta, que varia conforme o nível. Para a propriedade de uma estrela, por exemplo, existem de 17 a 35 itens a serem seguidos.
O próximo desafio é conseguir a Denominação de Origem, outra certificação em nível mundial, que já está sendo encaminhada pela Caccer, com apoio do Sebrae. Outro selo importante para identificar cafés de altíssima qualidade nacional e internacional é o “Cafés Sustentáveis do Brasil”, segundo Rizental.
Nesse caso, as torrefações têm de seguir protocolos especiais e devem utilizar, no mínimo, 60% de grãos aprovados pela Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic). Resumindo: quanto mais selos e certificações o café tiver em sua embalagem, é sinal de que o consumidor está comprando um melhor produto.
A reportagem é de Vanessa Brito, da Agência Sebrae de Notícias.