Com o fim da consulta pública sobre a resolução do Ministério da Agricultura que pretende criar regras específicas para a rastreabilidade do café, o governo já poderá editar a medida provisória que precisa ser votada pelo Congresso.
A partir dessa medida, o consumidor terá na embalagem do produto todas as informações sobre a procedência do cafezinho que toma diariamente: a espécie, onde foi plantado, como foi torrado e como foi colhido. “A idéia é fazer com que o consumidor tenha com o café a mesma cultura que muitos têm na hora de comprar uma garrafa de vinho”, explicou o assessor da comissão técnica de café da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Rodrigo Pontes. “Geralmente, em relevos mais elevados, a qualidade do café é melhor”, completou.
A rastreabilidade do alimento é uma tendência atual de controle, do campo até a mesa do consumidor. Trata-se de uma espécie de radiografia do processo, dentro do qual são controlados diversos parâmetros que influenciam na qualidade do produto. No caso do café, a certificação constitui ainda o passaporte para a exportação, pois sem o selo de uma entidade certificadora os produtores têm maior dificuldade de embarcar a produção. Na Alemanha, segundo Pontes, o consumidor não abre mão de saber todos os processos de produção.
Três requisitos básicos são contemplados: o econômico, o ecológico e o bem-estar da sociedade. Hoje a percentagem de cafeicultores que adotam a certificação e rastreabilidade é baixa devido à falta de conhecimento e preparo, informou notícia de Frederico Damato, do jornal O Tempo/MG.