SEMINÁRIO: BRASIL PODERIA PRODUZIR 60 MILHÕES DE SACAS DE CAFÉ – COOPERATIVA

Por Fábio Rübenich, do Guarujá/SP

SAFRAS (22)  O presidente da Coopermonte (Cooperativa Agrícola de Monte Carmelo-MG), Creuzo Takahashi, participou do painel “As perspectivas da produção de café arábica no Brasil”, dentro do 17o Seminário Internacional de Café de Santos, que está sendo realizado no Guarujá (SP). Takahashi, além de salientar a contribuição do imigrante japonês na produção cafeeira brasileira ao longo dos anos, disse estar “um pouco mais otimista” que o palestrante
anterior, o produtor Luis Norberto Paschoal. “Nossos cooperados estão com os débitos travados, e alguns estão conseguindo receber até R$ 330,00 por saca do arábica, dependendo da qualidade”, garantiu.
  
Mas, o dirigente da Coopermonte lamentou que o Brasil não esteja produzindo seu potencial máximo na cafeicultura, que segundo ele pode chegar a 60 milhões de sacas, na comparação com a média anual de 40 milhões de sacas. “Isso seria possível aumentando a produtividade”, explicou.     

Para Takahashi, os insumos caros são o principal problema do momento para o cafeicultor. Enquanto que o dólar caiu bastante nos últimos anos, os preços dos adubos dispararam 122% de 2007 para cá, enquanto o potássio saltou 182% no mesmo período. “Os insumos representam 50% do custo de produção do café. Se os preços continuarem subindo, vai aumentar violentamente nosso custo, e o produtor vai se ver obrigado a reduzir a adubação, resultando em queda de produção já nas safras de 2009 e 2010”, concluiu Takahashi, que ainda pediu calma aos produtores presentes no Seminário, pois “cedo ou tarde” vai voltar a valer a lei da oferta e da procura no mercado de café.

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