Luciana Cristo [12/03/2008]
Foto: Divulgação |
Terreno onde está o prédio do IBC tem 55 mil metros quadrados. Abaixo, casas que pertenciam à antiga diretoria foram ocupadas por vândalos. |
O antigo prédio do Instituto Brasileiro do Café (IBC) no município de Jacarezinho, Norte Pioneiro do Estado, que décadas atrás foi uma majestosa construção para armazenagem do café, hoje não passa de mais um terreno abandonado.
Com 55 mil metros quadrados, o espaço agora é ocupado por vândalos, conforme denuncia o presidente da Câmara de Vereadores da cidade, Sebastião Ferreira Filho (PMDB).
Já foram roubados vidros e telhas das casas ao lado do barracão central, que em outros tempos eram moradia dos administradores do IBC. Nesta semana, até o portão principal foi levado embora, segundo conta o vereador.
Criado em 1952 para definir as diretrizes da política cafeeira, o IBC foi extinto em 1989, durante o governo Collor. Hoje, o espaço serve apenas como acesso aos moradores dos arredores. O município tem a cessão do governo federal para uso do espaço e recentemente, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, a Prefeitura vem tentando atrair uma empresa que possa reutilizar o prédio.
Mas a alternativa de ocupação do terreno por indústrias vem se mostrando inviável. Bem localizado, próximo à rodovia BR-153, a extensa área e o alto custo de investimento são os principais obstáculos. Para a utilização do prédio, é necessário adequar todo o terreno, seguindo as exigências do Corpo de Bombeiros. Por ser um prédio antigo, os sistemas hidráulico e elétrico precisam ser refeitos.
A Prefeitura informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que empresas interessadas já chegaram a fazer estudo de viabilidade e percebeu-se que o projeto é inviável financeiramente. “O município não tem condições de reformar tudo e os bombeiros não autorizam a mexer em um galpão apenas”, afirma o vereador Wilson Ferreira (PMDB).
Na última segunda-feira, a Prefeitura colocou um vigilante para cuidar do local. “Independente de ser da União ou do município, é um prédio público e histórico que necessita de preservação e não pode estar abandonado”, disse a prefeita Tina Toneti.