Com a área cultivada saltando de 87 mil para 136 mil hectares entre 1995 e 2007, crescimento do mercado mundial, manutenção da alta dos preços internacionais e ampliação do mercado interno, o otimismo dos produtores de café da Bahia está em alta.
Segundo Ramiro Amaral, da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), a cafeicultura está distribuída em diversas regiões do estado, inclusive no semi-árido. “E isso nos deixa numa posição estratégica tanto para produzir como para escoar nosso produto”, comentou na apresentação do painel ‘Cafés da Bahia – potencial de crescimento e melhoria de qualidade e exportação’, durante o 9º Agrocafé.
A produção do estado em 2007 atingiu a casa de 2,2 milhões de sacas e a estimativa para 2008 fica em torno de 2,6 milhões. Atualmente são 10 mil produtores distribuídos em 167 municípios, gerando cerca de 250 mil postos de trabalho. O montante das exportações de café produzido na Bahia foi de 782 mil sacas no ano passado.
E o otimismo não é por menos, a Bahia apresenta vantagens competitivas como disponibilidade de área, colheita seletiva, tradição de despolpar o café, dentre outras. “E o que assistimos diante deste quadro são diversas empresas de outros estados chegando à Bahia para usufruir desse grande potencial e, principalmente, da alta qualidade do produto produzido aqui”, comentou.
“O que esperamos, é que o governo dê o devido apoio ao agronegócio do café, porque não podemos desperdiçar este enorme potencial”, emendou.