DINHEIRO / 14/02/2008
Antecessor de Reinhold Stephanes no Ministério da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto, agora vice-presidente de agronegócio do Banco do Brasil, diz que a discussão entre a concorrência entre produção para alimentos e agroenergia não se aplica ao país.
“Sem derrubar uma árvore da floresta amazônica, há potencial para ampliar a área agrícola entre 80 milhões e 100 milhões de hectares”, afirma. Aumentando a produtividade na pecuária, é possível direcionar para o cultivo 50 milhões de hectares em pouco tempo. Esses espaços se somariam à atual área plantada, de 65 milhões de hectares, entre lavouras anuais, semiperenes (como a cana-de-açúcar) e permanentes (como café e citros).
“Na Europa e nos Estados Unidos, não há espaço para novas áreas. Lá, sim, existe competição entre produção de alimentos e para biocombustível”, afirma Marco Antônio de Carvalho, técnico de planejamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) que acompanha a evolução das safras de milho. (GF)