INVESTIMENTOS
08/11/2007
Mônica Scaramuzzo
As recentes chuvas que caíram sobre as regiões produtoras de café do Brasil, sobretudo Sul de Minas Gerais e São Paulo, derrubaram as cotações do café no mercado internacional. “O mercado físico está travado porque os produtores estão segurando as vendas na expectativa de que os preços voltem a subir”, afirma Sérgio Carvalhaes, do Escritório Carvalhaes, de Santos (SP).
O clima no Brasil é fundamental para os cafezais entre os meses de setembro e dezembro. Neste período, os grãos de café estão em fase de floração e as chuvas são essenciais para o desenvolvimento dos frutos. Em setembro, os cafeicultores estavam em alerta porque o clima nas regiões produtoras do país estava quente e seco.
“Os preços estavam firmes até a primeira quinzena de outubro. Com a ocorrência das chuvas, na segunda metade do mês, as cotações inverteram o sentido e começaram a cair”, disse Carvalhaes. A preocupação agora é com o tamanho da próxima safra de café, que será colhida a partir de 2008. Ainda é cedo para uma avaliação sobre o impacto da seca nas lavouras de café. “As chuvas estancaram o problema, mas não reverteram o prejuízo com o clima seco antes.”