A vitória de uma empresa é sempre a vitória de uma comunidade e dos ideais que a sustentam. Os 44 anos de existência da Corol Cooperativa Agroindustrial, de Rolândia, e sua contínua expansão, são um eloquente testemunho de que a impulsão norte-paranaense para o trabalho e o crescimento é a mesma dos primórdios da colonização. A Corol não é apenas mais uma empresa, mas reúne 8 mil associados, que de agricultores convertem-se também em empreendedores industriais. Se a cooperativa cresce, eles também crescem, e se estes expandem tecnologias e cultivos, mais robustecem a cooperativa.
No início foram 25 agricultores que decidiram reunir-se em sistema cooperativo, fundando a Corol, e agora o gigante complexo industrial – que passou pelas várias fases de diversificação e transformação das culturas rurais no Norte do Paraná – tem usina de açúcar e álcool, torrefação de café, indústria de sucos concentrados de uva e laranja e fábrica de ração animal. No momento a Corol investe R$ 63 milhões na ampliação da usina (que lhe permitirá, a partir do ano que vem, moer 1,5 tonelada de cana e produzir 2,3 milhões de sacas de açúcar e 45 milhões de litros de álcool) e aplica outros R$ 36 milhões na instalação de um moinho de trigo. Esse moinho, segundo o presidente da cooperativa, Elizeu de Paula, possibilitará que os associados não mais fiquem na dependência do jogo que manipula o comércio comprador do cereal.
Apenas comercializar matéria-prima é sempre temerário, o que não ocorre quando o produtor participa do processo industrial, caso da cooperativa. A segurança consolida-se se essas empresas são bem administradas e pautam-se integralmente no ideal de co-participação dos associados e na equitativa retribuição em forma de dividendos. O sistema cooperativo, que no passado teve momentos problemáticos e chegou a gerar instabilidade e certa desconfiança, consolidou-se e robusteceu-se.
Empreendimentos de sucesso como a Corol, assim como outros do gênero no Paraná, engrandecem o agronegócio e a agroindústria, criam e semeiam riqueza, por extensão beneficiando não apenas os milhares de agricultores envolvidos mas toda a comunidade regional. Todos ganham, pela movimentação de dinheiro e pela geração de postos diretos e indiretos de trabalho. Também o Estado se beneficia porque recolhe impostos, oriundos não do arrocho mas do incremento da produção e da comercialização. As mais de quatro décadas de sucesso da Corol são indicadores de solidez presente e futura, demonstrando que, apesar das políticas governamentais divorciadas das necessidades do campo e da agroindústria, há um Brasil que caminha a passos firmes.