Iapar encerra Alerta Geada 2007

21 de setembro de 2007 | Sem comentários Mercado Previsão do Tempo

O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), órgão de pesquisa vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), emitiu nesta sexta-feira (21) o último boletim do Alerta Geada em 2007. Aos cafeicultores que fizeram o “chegamento de terra” no tronco dos cafeeiros com idade entre seis meses e dois anos, a recomendação é que façam a retirada, manual, imediatamente.


Como ocorre todos os anos, o serviço operou desde maio, com previsões diárias de temperatura e do risco de ocorrência de geada na região cafeeira do Estado. O objetivo é oferecer aos cafeicultores um instrumento de auxílio à decisão de implementar técnicas de proteção em lavouras novas de café, de até dois anos.


Foram expedidos 134 boletins diários no período em que o serviço esteve ativado. Desse total, houve registro de 23 dias com condições atmosféricas propícias à formação de geadas, de acordo com a meteorologista Ângela Beatriz Costa.


Balanço


Não foi um inverno rigoroso. “Esperávamos massas polares mais intensas, mas isto não ocorreu”, diz Ângela Costa. De acordo com a pesquisadora, há um “bloqueio atmosférico” (massa de ar quente) estacionado nas regiões Centro-Oeste e Sudeste do País, que impede a evolução de frentes frias. “Esse fenômeno ocorre já há algum tempo e, inclusive, explica a atual falta de chuvas”, afirma.


Graças ao inverno ameno, não ocorreram danos ao parque cafeeiro do Estado. Segundo Ângela Costa, foram registradas seis geadas de fraca intensidade e de baixada na região de Londrina, cinco na região de Cambará e duas em Paranavaí. No Oeste, área de Jesuítas, houve formação de geada moderada em cinco madrugadas, todas sem maiores conseqüências para os cafeicultores. Os mapas com a distribuição das temperaturas podem ser conferidos no endereço eletrônico www.iapar.br.


O serviço Alerta Geada opera de maio até meados de setembro, e voltará a ser ativado em 2008. É uma realização do Iapar, Instituto Tecnológico Simepar e Instituto Emater-PR, com apoio da Seab/Departamento de Economia Rural e do Consórcio Brasileiro de Pesquisas e Desenvolvimento do Café.

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