Santos tem estrutura para mais 5 anos de operação

Por: GAZETA MERCANTIL

A capacidade atual do porto de Santos estará saturada em até cinco anos. A informação é do prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa (PMDB), baseada em projeções do setor portuário. De acordo com ele, as atuais obras, como dragagem do canal e duplicação das avenidas perimetrais, em Santos, vão otimizar a ocupação dos espços do porto. “Mas tudo tem um limite. A área retroportuária é a mesma há 20 anos afirma”, Papa.


Para o prefeito de Santos, o planejamento para o crescimento do Porto de Santos tem que ser estabelecido iniciado neste instante. O principal projeto é o braço Barnabé-Bagres, que tem capacidade para movimentar 120 milhões de toneladas por ano. Para se ter uma idéia do que isso representa, todas as instalações atuais do Porto de Santos vão movimentar neste ano 80 milhões de toneladas.


Segundo estatísticas da Prefeitura de Santos, o porto movimentará em 2011, no atual ritmo de crescimento acima de 6% ao ano, 120 milhões de toneladas de mercadorias. “Neste estágio, o porto de Santos atinge o seu limite de capacidade”, acredita Papa.


Maior terminal do País, o porto de Santos tem 7,7 milhões de m² de área construída nas duas margens. No lado do Guarujá (esquerda), são 4,1 milhões de m² de área retroportuária. Na outra margem (Santos), existem 3,6 milhões de m². Atualmente, o porto tem capacidade para armazenar 1 milhão de m³ de carga líquida, além de possuir 100 quilômetros de linhas férreas de acesso aos terminais de embarque e desembarque.


O Porto de Santos tem atualmente 54 berços de atracação com 13 quilômetros de cais. Barnabé-Bagres acrescentaria mais 50 berços de atracação, 11 quilômetros de cais e área de 6 milhões de m². Para o prefeito de Santos, a obra é prioridade nacional, já que o porto movimenta atualmente 27% das exportações e importações do País. Para a viabilidade de ampliação do Porto, os governos federal, estadual e municipais, na região da Baixada Santista, terão de se empenhar adequar a legislação, principalmente a ambiental, aos moldes do projeto de expansão das atividades porutuárias.


A expectativa é que os US$ 680 milhões para a construturação de Barnabé-Bagres venha da iniciativa privada. A obra deverá ser feita em etapas, à medida que Santos vá esgotando a sua capacidade. A ampliação do porto de Santos foi o tema de um fórum na realizado semana passada na cidade, que discute formas de ampliar sua participação na exportação e importação de mercadoris via o maior terminal marítimo da América do Sul.


Presente ao encontro, o ministro Pedro Brito, titular da Secretaria Especial de Portos da Presidência da República, afirmou que é prioridade a ampliação do porto de Santos.


Desafios


Atualmente, um dos principais desafios do porto de Santos, de acordo com o presidente de Fetcesp, Flávio Benatti, está ligado à falta de estacionamento de caminhões: “é preciso buscar respostas eficientes para sanar essa questão, aumentar a produtividade e gerar efeitos positivos não só para o transporte, mas para a sociedade”, defendeu ele. 

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