Publicação: 03/07/07
A torrefadora brasileira de cafés gourmet e especiais, Café do Centro, acaba de inaugurar a segunda loja da marca em Tóquio, Japão. A meta do da empresa é abrir 100 unidades, entre pontos-de-vendas próprios e franquias, no continente asiático em dez anos.
Com investimento de cerca de R$ 1 milhão, a nova loja deve receber 20 mil pessoas por mês. A primeira unidade da rede no Japão foi aberta no final do ano passado. Rodrigo Branco Peres, sócio diretor da empresa, afirma que o Japão foi escolhido por ser um dos mercados mais promissores para o consumo de café no mundo. “A Café do Centro fornece produtos para cafeterias no Brasil, não queremos concorrer com nossos clientes”, justifica Peres.
O empresário afirma que os japoneses são grandes consumidores de café gelado e esta é uma das apostas da Café do Centro no país. Mas Peres sabe que bater de frente com a Starbucks, consolidada no Japão e no mundo, não será uma tarefa simples.
Para atrair um público maior, o empresário resolveu explorar a imagem brasileira da rede comercializando produtos como o pão de queijo e a capirinha.
“O povo japonês valoriza muito tudo o que é produzido em solo fértil. A origem do nosso café conta bastante, a maior parte das cafeterias instaladas no Japão compra seus produtos de tradings”, afirma Peres.
A nova loja da rede está localizada no bairro nobre de Aoyama, próxima à embaixada brasileira e à sede da ONU, e é cercada por ruas badaladas, repletas de lojas de grifes. A expectativa é de que a localização estratégica renda um faturamento anual de R$ 1,3 milhão à cafeteria.
A primeira unidade da rede foi aberta no final do ano passado, em frente ao Palácio Imperial, no centro de Tóquio. O projeto Café do Centro no Japão surgiu em 2001, com a aproximação entre a marca e executivos do país. Para a abertura da primeira loja foram necessários cinco anos de negociações.
“O Japão é o terceiro maior mercado da Starbucks no mundo. Há muitas redes de cafeterias espalhadas por Tóquio e o café espresso é vendido por quase US$ 7,00 a xícara”, diz Peres. “Além disso, a nova loja está em meio a um bairro badalado e deve alcançar um publico diferente em comparação à primeira loja, no centro, que é por si só mais tradicional”, completa.