Em Varginha (Sul de Minas), a sobrevalorização cambial divide opiniões entre as duas principais atividades econômicas do município. Enquanto os produtores de café lamentam que os ganhos poderiam ser maiores com as exportações, o setor eletroeletrônico comemora a possibilidade de incrementar as importações de componentes. O prejuízo de Varginha, maior produtor de café do Brasil, só não é maior porque a valorização dos preços da commodity equilibra as perdas com a desvalorização do dólar frente ao real. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as exportações de café não-torrado cresceram 31,79% em faturamento, passando de US$ 253,3 milhões (123,2 mil toneladas) no primeiro quadrimestre de 2006 para US$ 333,8 milhões (149 mil toneladas) no mesmo período deste ano.
Na mesma base de comparação, as vendas externas totais do município avançaram 26,95%, passando de US$ 282,9 milhões (132,7 mil toneladas) para US$ 359,2 milhões (160,2 mil toneladas). O resultado é positivo, mas os das importações é melhor ainda. As compras atingiram US$ 51,4 milhões (54,9 mil toneladas) de janeiro a abril de 2007, uma alta de 73,59% sobre igual intervalo de 2006, quando foram verificados US$ 29,6 milhões (58,5 mil toneladas).