SAFRAS (06) – A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais está concluindo o planejamento da Ação de Certificação do Café no Estado. O trabalho para criação do programa é executado pelo diretor-geral do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Altino Rodrigues Neto, coordenador do Programa Estruturador de Certificação e Vigilância Sanitária dos Produtos Agropecuários do Estado.
De acordo com o secretário da Agricultura, Gilman Viana, a Certificação de Propriedades do Café é um instrumento importante em vários aspectos, entre eles o de garantir a sustentabilidade da atividade em Minas. Somos o maior produtor de café do país, com uma safra de 21,9 milhões de sacas de 60 kg em 2006, e o produto é o segundo mais importante das exportações estaduais, perdendo somente para o minério de ferro, explica. O secretário acrescenta que, com a ação de certificação, o Estado procura fortalecer a atividade, assim como tem trabalhado para incrementar os demais setores do agronegócio, agregando qualidade e fatores de segurança alimentar, rastreabilidade, responsabilidade social e ambiental, além de possibilitar a inclusão do produtor familiar. Gilman Viana enfatiza que o café de Minas Gerais, com a cobertura da ação de certificação, tem mais condições de ganhar novos espaços no mercado internacional.
A Emater-MG implanta o Código de Conduta do programa e já cadastrou 737 propriedades no Estado, distribuídas em 40 municípios, onde treina técnicos desde 2006 para que, a partir do segundo semestre, a parte de operacionalização possa ser iniciada.
Depois de realizado o trabalho da Emater-MG, o IMA fará a auditoria de cada propriedade, a fim de comprovar o cumprimento dos requisitos do código. E a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) vai trabalhar para a consolidação do programa, usando suas fazendas, que servirão de modelo para a visitação de produtores interessados. Segundo a assessora, a acreditação internacional do programa estadual será feita por intermédio de certificadoras que contam com forte respaldo internacional e que sigam os pré-requisitos estabelecidos pelo Estado. No ano passado, o Código de Conduta foi harmonizado com os principais códigos de conduta dos principais programas internacionais de certificação de café, abrindo novas possibilidades ao produtor, informa a assessora.
O produtor pode aplicar o código na propriedade e depois, ao identificar a oportunidade de colocação do produto em determinado mercado, solicitar à certificadora internacional a adaptação ao programa de certificação no qual ele quer atuar. Por exemplo, depois da certificação de propriedade estadual, ele pode solicitar à certificadora credenciada a compatibilização com as normas de certificadoras.
As informações partem da assessoria de comunicação social da Secretaria de Agricultura de Minas Gerais.
(FR)