Publicação: 30/05/07
Práticas preventivas de proteção da lavoura e consultas a serviços agrometeorológicos ajudam a evitar prejuízos
Fernanda Yoneya
Nesta época produtores de café devem ficar atentos à ocorrência de geadas. Com informações antecipadas é possível proteger a lavoura a tempo e evitar prejuízos. O pesquisador Paulo Henrique Caramori, do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), diz que quanto mais velho o pé de café maior o prejuízo, pois o investimento de anos é perdido. “Em plantas novas é preciso replantar a lavoura. Em lavouras adultas, a geada destrói ramos que iriam florescer na primavera, quebrando a produção no ano seguinte.”
No Paraná, os produtores contam com o Alerta Geada, serviço que detecta e informa cafeicultores cadastrados, técnicos e meios de comunicação sobre possíveis ocorrências de geadas. Os alertas são feitos 48 horas antes e confirmados com 24 horas de antecedência. O produtor tem esse intervalo para adotar medidas de proteção.
Além de práticas adotadas na véspera da geada, há a opção de plantar guandu gigante no primeiro ano de formação da lavoura. Semeado em outubro nos sulcos do cafezal, o guandu forma, em janeiro, um túnel, sob o qual o café é plantado e onde fica protegido.
O responsável pelo setor de café do Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral), Paulo Sergio Franzini, calcula que enterrar plantas com até 6 meses de idade custa ao produtor cerca de R$ 400/hectare. Já para fazer o chegamento de terra em plantas de 6 meses a 2 anos, o custo é de R$ 240/hectare.
Produtores de outros Estados podem consultar o Sistema de Monitoramento Agrometeorológico (Agritempo), da Embrapa Informática Agropecuária e do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), da Unicamp, que tem dados para Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás e Mato Grosso do Sul, além do próprio Paraná.
INFORMAÇÕES: Disque-Geada. tel, (0–43) 3391-4500