SÃO PAULO – As indústrias de Brasília vão ajudar a Arábia Saudita e o Brasil a chegarem a um comércio de US$ 10 bilhões em quatro anos. A afirmação foi feita pelo vice-presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), Ricardo Caldas, durante encontro com a delegação de empresários sauditas que está no país.
O grupo participou ontem (24) de rodadas de negócios na sede da Fibra e hoje terá a mesma atividade na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), na capital fluminense.
Brasil e Arábia Saudita mantêm atualmente uma corrente de comércio de US$ 3,1 bilhões. O chefe da delegação saudita, Ahmed Suliman Al-Romaih, afirmou, já na passagem pela cidade de São Paulo, no começo da semana, que o comércio pode crescer para US$ 10 bilhões. “Acreditamos ser possível atingir essa meta e estamos prontos para contribuir com esse salto”, afirmou Caldas aos sauditas e também aos empresários brasilienses que participaram da abertura das rodadas de negócios.
Caldas lembrou que a Arábia Saudita é o segundo maior comprador dos produtos do Distrito Federal no exterior. O país árabe responde por 9% das exportações de Brasília e o produto mais vendido é a carne de frango. No ano passado, a região faturou US$ 11 milhões por ano com exportações aos sauditas. Caldas acredita que as vendas podem crescer com a inclusão, até, de outros itens na pauta, como perfumaria, madeiras, móveis, eletroeletrônicos, tecnologia da informação, alimentos e rações animais.
Estes eram alguns dos setores aos quais pertencem as indústrias que participaram das rodadas de negócios com os sauditas ontem. Os empresários brasilienses fizeram, na Fibra, uma exposição das mercadorias que trouxeram para mostrar aos 16 empresários sauditas da delegação. De acordo o secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby, que acompanha o grupo, foram expostos desde alimentos orgânicos, como café, até cosméticos e flores artificiais.
Alaby foi um dos encarregados da abertura do encontro, juntamente com o vice-presidente da Fibra, o chefe da delegação saudita e o gerente da área de negócios do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) do Distrito Federal, Aloísio Vilela. A Câmara Árabe é a organizadora da missão saudita no Brasil. Al-Romaih falou, na Fibra, sobre a economia saudita e o projeto das cidades industrias Jubail e Yanbu para as quais o país árabe busca investimentos estrangeiros.
Alaby afirmou que a presença da delegação no país é importante para ampliar as relações comerciais entre o Brasil e a Arábia Saudita. “Como o Brasil é uma das primeiras economias da América do Sul e a Arábia Saudita do Oriente Médio, essa cooperação é positiva para as economias de ambos”, disse Alaby. Das rodadas de negócios em Brasília participaram 39 empresas brasileiras. Depois dos encontros, os sauditas tiveram um almoço oferecido pela Fibra. O encarregado de negócios da Embaixada da Arábia Saudita, Abdullah Alowaifeer, acompanhou as atividades da delegação no Distrito Federal.